palavras

Quantas palavras poderão manter os significados quando as pessoas perderem os sentidos?

 

Quantas mais são as visões?

Palavras que sozinhas se ergueram!

Poderão, todos os erros ser reunidos?

Manter,

Os momentos são feitos a escrever!

Significados:

Quando os toques são desajeitados!

As sensações?

Pessoas a tudo sentirem!

Perderem,

Os gostos que pelo meio ficaram:

Sentidos!

 

Quantas são as sensações?

Palavras que não se ergueram!

Apenas erros reunidos:

A Natureza Não Descansa

Um novo dia surgiu na minha vida
À paz muito tempo esquecida
Havia ainda um pouco no meu coração
Pensando no tempo até hoje perdido
Olhei para o céu, as estrela não tinham sumido
O sol aos poucos trazia um calor de verão

O sol sozinho sempre trabalhou
Nem um dia, sequer descansou
Nos dias frios, o meu corpo aqueceu
A lua lá no céu, com o sol nunca se encontrou
Nas noites em que estive só, ela me consolou
Alimentava a minha esperança que se perdeu

João e José

João e José são feitos de barro é fé,
Labuta, afeto e umas tiradas de sarro.
Enquanto um tá na palha pro cigarro,
O outro acaba de cortar o capim-guiné.

Se são irmãos, não se sabe nem se duvida,
Certo mesmo é que eles vivem num visgo,
Dão-se entre si mais que com “muié” e "fios".

Às vezes vão visitar a cidade, lógico!
Mas é só pra sustentar os seus vícios
De comparar o tanto que é “mais boa”
A vida na roça, apesar dos sacrifícios.​

Sincera edvânia

Distante de casa a menina
sob a luz da lanterna caminha,
temerosa avista distante
o destino a aguarda na esquina.
 
lentamente seus pés se arrastam,
não há volta, a morte se aproxima
um calafrio percorre seu corpo
de suas botas à seu vestido de alcinha.
 
Bruptamente a lanterna apaga-se,
ampliando a penumbra da noite,
o que o céu estrelado assiste
são segredos que guardam as noites.
 

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