Borguês

Certos pensam que sou borguês

Porque marcho com os pés na frente.

Disso estou inteiro consciente

Nesta pele de burgo em viuvez.

 

Queria pular no vazio do universo

Penetrar esse vazio que me atacha

Viver na página do verso

Onde todo mundo me acha!

 

A minha borguesia 

É uma caixa vazia...

 

Meninos índios

Meninos índios

Silvícola,
selvagem
conterrâneo.
Uirapuru
cantou no escuro
hoje,
escondeu canto
do menino
tupi, apuã,
tapirapuã,
de dívida,
de ontem
de amanhã.
Um rosto santo
olhar feliciano
separado
do sofrimento
de um povo.
Quantos somos
a reconhecer
que são na realidade
apenas amores.

Amor..Amor

Amor...Amor
 
Amor,o mundo
incrivel e fascinante todo nosso
nesse dia neste instante
esquece as previsões
viva nossas emoções
e esquece o restante
 
Amor, o tempo
passando sem ser passageiro
ele é todo nosso
o que é verdadeiro
ficará sempre em nós
porque quando estamos a sós
o resto é estrangeiro
 
Tudo nosso
és minha e eu sou seu

invenções

Conseguiremos escrever todos os jogos de palavras, sem precisar de novas inventar?

 

Conseguiremos dar sentido às nossas invenções?

Escrever!

Todos os impulsos são benvindos,

Os consiga criar!

Jogos,

De ténues inspirações:

Palavras com sentido de ser,

Sem definições!

Precisar,

De tempo para as dar a conhecer:

Novas criações:

Inventar!

 

Conseguiremos criar:

Escrever?

São invenções,

Impulsos lindos:

sentidos benvindos!

Inspirações?

Lugar comum

Lugar comum

O corpo marionete da alma
movimenta pernas,
agita braços e perturba mente
com os desatinos existentes.
Perto de um lugar comum
onde corpo engole mente
mente engole alma
e o espírito engole todos.
Sempre assim desajustados
no menor sibilar presente
vemos todos os tempos
correndo juntos aos alentos
arrependidos e repetidos.
Os desatinos da alma e corpo
são como reflexos do corpo
se esvaindo na alma
de quem tem só desejo
de encontro ameno
nestes dias tão pequenos.

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