Os Ventos Rudes

O vento acabou,

Os lenços que sobraram,

Foi de quem não chorou

Quando o vento soprou.

Um sopro que me trouxe

Um bater diferente

Em meu coração,

Que ora falha,

Ora pede clemência.

Depois do vento,

Falta-me ar,

Falta-me vida,

Falta minh’alma opulenta.

O vento se fora.

Se ventar, será um novo vento,

Não aquele mesmo,

Que te trouxe e levou embora.

Ou seja: um outro vento,

Que me fará dispensar tudo,

Até mesmo lenços.

 

O MEU CORPO

O MEU CORPO

Quando o meu corpo era uma fonte de vida,

Você não o quis.

Quando em minhas entranhas feminina,

Jorrava mel puro, não fabricado por abelhas;

Era uma fonte que havia em mim...

Você recusou, não quis, não quis saber,

Nem descobrir meu querer.

Agora a fonte de mel secou.

Se eu quiser mel, tenho que comprar.

Um mel falsificado, não é pelo meu corpo fabricado.

Então não vale a pena fazer este sacrifício por você.

Usar um mel artificial...

Para apimentar a noite de casal, também artificial.

Trem De Ferro

Trem de ferro

Tem muitas historias pra contar

Eu e ela você levava para passear

Com você visitamos muitos lugares

Contemplamos verdes matas

Fontes de agua pura e lindas cascatas

Lindo jardim de flores coloridas

Que encantavam os nossos olhares

Cenas que marcaram nossas vidas

No caminho nos mostrava a natureza

As paisagens cheias de infinita beleza

A onde ouvimos belos pássaros a cantar

Enchendo de alegria nossos corações          

Passamos por belas pontes e lindo rios

Humanidade é má

Sinto o temor
que corre em minhas veias,
agora a dor que sinto
já faz parte do que sou.
 
Nas madrugadas,
nas penumbras destas ruas,
criaturas obscuras,
a espreita nas vielas,
e o temor em minha mente transparece em minha face.
 
Em meio ao caos
que vive este mundo
a minha busca encerrou,
o paraíso não existe,
a minha busca encerrou.
 
Mas estes monstros

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