Grão De Areia

Deus, eu venho aqui te pedir.

Para que não se esqueça de mim

Os meus amigos se foram

Sem o Senhor será o meu fim

Pelas estradas onde passei

Havia flores, e um lindo jardim.

Hoje pisando em pedras e espinhos

A minha vida já não e mais assim

 

De joelho de dia e de noite

Vivo pedindo o teu perdão

Depois de tantas idas e voltas

O que restou foi à solidão

Por favor, ilumine o meu caminho.

Venha me tirar dessa escuridão

Que amanhã o sol brilhe novamente

praça de gente

É em multidão que a festa na minha terra  sempre se faz?

É uma praça cheia de gente,

Em jeito de tradição!

Multidão,

Que todos querem uma noite diferente!

A comida é tradicional e  também a bebida está presente:

Festa!

Na praça central,

Minha,

Terra que na praia se aninha,

Sempre num tapete de areia,

Se mantém de dia bem quente,

Faz a alegria das gentes da aldeia!

 

É uma praça de gente,

Se faz tradição!

Noite diferente:

a multidão!

Na festa!

Sonhos De Um Cantor

Num certo dia
A minha terra eu deixava
Numa pequena estação
Num trem para viajar eu embarcava
Fiquei olhando pela janela
Enquanto da plataforma se afastava
Deixando meu grande amor
Chorando para mim ela acenava

Eu partia para uma cidade grande
No meu mundo de ilusão
Sonhava em ser um artista
Artista de televisão
Ser um grande cantor
Essa era minha paixão
Para poder voltar um dia
Rever aquele amor do coração

O Mimetismo do Cinza de Nossas Vidas

O sol é verde,

Azul ao extremo,

Às vezes.

O sol não emite calor

Ao se sucumbir aos homens incolores.

Há outras estrelas,

Uma bem no meio do mundo

Dos outros.

Esse mundo “docês”,

Que não vou nem a passeio.

Passo nem perto,

Desse caminho escuro que não se caminha.

É escura e funda, a vaidade

Um afresco,

Em suas paredes de idiocracia.

Por isso mesmo, o sol nunca que lhes chega.

Mas eu sou um sol,

Aquela gema vermelha,

Ainda que num dia de chuva amena.

rumores essenciais

potencio a urdidura poética em catadupas de vocábulos que usam o pranto para expressarem emoções; relaciono tudo com a imagem do cantor que coloca a erudição por cima dos sermões de antigamente; burilo os versos no tablado das conquistas incorpóreas que eu quero alcançar.

toda

Haverá alguém capaz de compilar toda uma língua num só verbo: escrever?

Haverá, senão ninguém?

Alguém, assim o faz!

Capaz?

De um modo atrevido de ser:

Compilar!

Toda a forma de falar,

Uma e nenhuma essência:

Língua da existência,

Num mundo a correr!

Só alguns estão àquem!

Verbo: a passar,

Escrever!

 

Haverá ninguém?

De ser alguém?

Assim capaz?

Ser?

Toda a forma o faz!

Compilar,

Falar!

Uma existência,

Língua da essência:

Pages