Deitado no chão de palha

É bom sentir o mundo, gostava de o abraçar inteiro de uma só vez. Como não posso, tenho que abraçar uma pedra de cada vez e olhá-las com calma, uma por uma, pois todas elas são diferentes e também são vida, tenho que ver o mundo um bocadinho de cada vez e voar baixinho. Comer melancias, pêssegos de agosto, ameixas, peras doces, beber a água fresca das fontes, trepar árvores antigas de olhos fechados, agarrar os varões das pontes, mergulhar lá do alto e confirmar se os peixes ainda se escondem nas mesmas tocas das paredes de pedra do rio.

Fugi de casa

Fugi de casa

 

Quando amanheceu coloquei o meu plano de fugir dali em prática. Arquitetei tudo, organizei, esperei a melhor hora para tentar a fuga. Consegui, corri desesperado, mas durante a fuga eu lembrei que deixei o café no fogo, aí voltei pra casa.

noites cheias

sou cheio de ideias!

quer de noite como de dia,

tenho noites cheias,

os dias não são monotonia!

estes versos são a apresentação,

onde apresento e defino a entoação,

seguem-se depois as rimas em teias:

drible de ronaldo,

no fim o rescaldo,

fica terminada a bela  cortesia!

nada de inédito

podemos procurar e procurar, mas não encontraremos nada de pequeno ou inédito!

 

Podemos dar todas as voltas possíveis,

Procurar!

E voltar:

Procurar!

Mas onde estará o crédito?

Não é sereno!

Encontraremos!

Nada que fizemos!

De vontade ou aleatoriedade:

Pequeno!

Ou será noutra realidade?

Inédito!

 

Podemos procurar:

E procurar!

Possíveis,

Crédito?

Não encontraremos!

Nada fizemos?

De pequeno

Ou sereno:

Aleatoriedade?

camadas

crescemos durante a vida em altura ou  juntando camadas e mais  camadas?

 

Crescemos?

Durante a nossa história!

A pensar na glória!

Vida!

Em certa medida:

Altura?

Ou aventura?

Juntando degraus às escadas,

Camadas!

E assim vivemos!

Mais uma memória,

Camadas?

 

A História:

Crescemos!

Vida!

Ou medida?

Altura:

juntando aventura,

Ou camadas?

Escadas!

Vivemos,

Memória,

Camadas.

 

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