Posso sentir...
Autor: DiCello Poeta on Friday, 26 May 2017Fazes meu todo vibrar
Fazes meu todo vibrar
quantos sonhos ou desejos tornam-se espuma, como as ondas num abismo de bruma?
Quantos de nós só têm com o que sonhar?
Sonhos de arrepiar!
Ou apenas relampejos!
Desejos?
Tormam-se véu,leve caruma,
Espuma!
Como resultado de tormentas,
As duas grulhentas:
Ondas de mar,
num muro de arruinar
Abismo que destrói,
de pedra que não corrói,
Bruma!
Quantos relampejos?
Sonhar!
Ou arrepiar?
Tornam-se desejos!
Como caruma,
Espuma!
As tormentas,
as saliências dum sonho onde eu edifiquei fragilidades, a música do itinerário badalando contusões, o dealbar promissor que a insegurança encurtou, as barragens que os olhos refletiram em torneios assanhados.
Um pouco que é tanto, um mundo
Sabe, estive pensando
lembrando detalhes do teu ser
teus olhares me seduziram
fado não é anúncio,nem tampouco prenúncio, mas somos o alvo final!
Fado calha a todos
Não é música consoante os modos!
É consequência?
Anúncio?
Nem acontece sob previsão!
Tampouco tem qualquer perfeição!
Prenúncio?
Mas onde foi a advertência?
Somos frágeis criaturas!
O objecto criado para todas as aventuras!
Alvo circunstancional
Final!
Fado:consequência!
Todos?
É consequência!
Modos!
Tampouco previsão,
Mas perfeição?
Circunstancional!
o vitupério forçou a minha constituição: eram produtos da rudeza os boatos que eu aspirava; eram vexames que zurziam nas minhas inclinações.
A vida é um somatório de momentos, de instantes, não existe nenhum conversor de escalas que os quantifique, podem durar uma eternidade ou simplesmente nada, ultrapassando o tempo sem deixar rasto.
O pouco que é tanto,
Sentido em demasia.
Sobretudo,entretanto.
Por enquanto é poesia.