a janela impúbere
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 16 May 2017recupero os lúgubres afetos entoando cantigas que fortalecem os bailados de outrora sempre que a memória origina explanações imperecíveis.
recupero os lúgubres afetos entoando cantigas que fortalecem os bailados de outrora sempre que a memória origina explanações imperecíveis.
Mulher, se valorize
não se exponha tanto na vitrine
aquilo que não está à venda
vivemos tempos de palavras cheias,
por vezes em dias sem qualquer linha,
mas graças à imaginação,
partimos grossas correias,
e a vida talvez se encaminha,
queira deus na nossa oração!
Saber que sou poesia
mas poucos conseguem ler
não se pode parar
ficar o vazio olhar,
é preciso continuar!
levantar outra voz e talvez cantar.
ficam os peitos cheios,
com versos de devaneios!
palavras de louvor,
em sentimentos de amor.
apesar de irrepreensível
lá foi devagarinho
tanto ainda tem para dar,
fica o feito incrível,
tanto burburinho,
e só teve de cantar
sem qualquer efeito visível,
ou outras vozes a atrapalhar!
o recheio dos meus desenganos está numa consciência que modificou os sentidos duma vida reprovada (os murmúrios que silencio contêm um desnorte que transporto até ao lugar etéreo onde me alento).
Felicidade
Alegria
Magia
Imaginação
Ligação
Iniciação
Autoridade
qual será a melhor maqueta?
a que fica por esboço
ou a que queima como tatuagem?
tu nunca foste apenas uma silhueta,
mesmo com esse teu pescoço!
suave aragem,
melhor que qualquer musiqueta,
só em balada é que eu te posso,
num poema, a rima perde coragem!