Quando te vejo

Quando te vejo.

É complicado respirar quando te vejo.

O que é automático torna-se manual.

Eu, tanto quanto sou, 

Fico estranho.

Mais do que o habitual.

Tu dizias que eu  era estranho.

Estranho é bom? Respondi com meio sorriso.

É diferente, disseste tanto quanto eras.

E o pouco que sou, entreguei-te de uma vez,

Olhei-te nos olhos, e num piscar era teu.

Tudo o que alguma vez conquistei,

Tudo o que eu vi, vivi, sofri.

Era o que fosse, mas era teu.

Não quiseste, é triste, mas justo.

Dizer o que nem eu sei

Não direi tudo o que queria
Mesmo sem querer dizer
Mesmo dizendo o que tem que ser
Mesmo querendo te dizer.

Encontrar as palavras
Escrever poesias e até um livro
Mesmo assim não diria tudo o que sinto.

Mesmo dizendo eu todos os dias
Você não saberia
O que quero dizer e não é mentira
O que quero dizer levaria mais que um dia.

sugestão

pretendo seguir uma grande sugestão,

mas apenas ficarei pela metade,

é assim que me sinto:

incapacitado!

fora de questão qualquer diminuição,

julgo que a apago com a minha simplicidade,

um sorriso, ou um outro olhar- como sinto:

um afortunado?

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