A última das virtudes
Autor: Duarte Almeida Jorge on Wednesday, 26 April 2017A paciência é a última das virtudes.
A paciência é a última das virtudes.
sempre fui mais adepto do silêncio
e tu das palavras: escondidas!
muito já é o meu sorriso,
sempre perco o jeito,
de um modo macio,
em maneiras comedidas,
cheio de juízo,
nunca servirá o que tenho feito!
a revolução deu-se por Lisboa?
não! foi toda uma nação,
às costas de um povo,
envergando cravo vermelho,
acabou por gritar forte, com mágoa:
viva a revolução!
queremos um país novo,
este não serve-nos de fiel espelho!
Tire as roupas
Liberte sua pele
Desaprisiona as amarras
Alguns panos escondem
Sabe o que eu desejo
Quero com volúpia atua alma
Unir os nossos mundos
que sino este, tocando, as horas?
sinando o tempo,como relógio,
por vezes rápido, sem demoras, sem lamentos
contando o tempo gasto, sem qualquer elogio,
mas então cala-se, ultrapassa o contratempo,
um ou outro corropio, parecendo conversa de senhoras,
demorando, como bom repasto, um ótimo passatempo,
então a delegação apressa-se, corre para os piores momentos,
todos começam as mesmas histórias devastadoras,
chorando, gesto casto, para lá de egrégio,
toca a todos os sentimentos!