Já não existem cancioneiros
manuscritos de vivos versos
colectados e materializados
por poetas complexos.

Já não existem trovadores
daqueles de cistre em riste
entoando a canção triste
das suas coitas d'amores.

Dizemo-nos poetas hoje
esquecendo o que um dia foi
a história da poesia lírica.

Para quê?

Faço esta pergunta.

Não a coloco em lado nenhum.

Faço-a na sua interrogação mais simplista.

Faço-a enquanto encho o copo.

Esse poço de perguntas sem resposta.

Bebo até não me lembrar da pergunta.

Para quê?

BIOembarcação

- Navegador, o que está acontecendo? - Pergunta o piloto. -

- Não sei ao certo senhor, estamos perdendo o foco e a visibilidade. A pressão aqui está no limite. - Responde o navegador. -

- Mas o que raios está acontecendo aqui? - Pergunta o piloto, já acionando os aparelhos de comunicação por rádio dentro da nave. -

Química & Bis

Fortuitos olhares me seguem nessa noite aqui no antigo bairro da Lapa no Rio de Janeiro. Subo uma escadaria de um casarão antigo, o que vejo, a mais antiga das profissões em pleno exercício da oferta e da procura. Fora isso, pequenos traficantes oferecendo coisas.
Nada disso vim procurar aqui, vim aqui procurar uma mulher, mas não qualquer mulher, e sim, uma específica mulher. É que o cheiro dela ainda está em mim, desde ontem, e eu quero bis.

Seremos eternos prisioneiros de nós mesmos se não cultivarmos sabedoria com os outros, contudo devemos filtrar os bons ideais. Mente aberta e receptividade a ideias inovadoras faz nos destacar na sociedade. 

O impossível torna se possível, após uma lágrima, um último esforço, uma última tentativa, uma última teimosia. Após dar mos o nosso objectivo como perdido, quando as forças nos falham e a esperança se esvai é que tudo acontece.

PREFÁCIO