Votações negativas em todos os poemas
Autor: Duarte Almeida Jorge on Saturday, 20 January 2024Neste recinto virtual, é revoltante notar a epidemia de votos negativos injustos.
Neste recinto virtual, é revoltante notar a epidemia de votos negativos injustos.
Meu mundo não escolheu ser apenas rosas !
Mas fiz um ramalhete do meu particular
Dá pra sentir as carícias dos perfumes
Tem mar azulzinho para observar
Eu quero o branco nesta guerrilha
arrumar as gavetas reviradas
entre fardas enfurecidas
algumas com sangue escurecido
farpas e sangria
em des construções e escombros
que os filhos saiam ilesos nos ombros de anjos queridos
a minha sensibilidade cresceu entre cardos onde a harmonia era impossível; onde o quotidiano era prejudicado pela náusea de viver; onde as palavras imperfeitas geravam angústia e depressão; onde um pai subalterno exercia a violência.
os poemas auxiliam-nos quando os ordenamos no nosso intelecto; quando os aspergimos com o sal das nossas emoções; quando os encaixamos nas contendas globais para que nutrifiquem os nossos pensamentos.
invento uma jubilosa paisagem para evitar os sobressaltos; para que os desregramentos falidos não reentrem no meu mundo; para que as pérfidas atuações dos homens não me façam reagir.
a morte estende os seus ramos àqueles que a procuram: transpõe o campo minado das angústias para se deter no núcleo das existências desprovidas; fascina aqueles que a nomeiam como baluarte das suas consciências.
enxergo um deserto lunar que desfigura aqueles que buscam sarar as suas feridas; que desejam satisfazer as suas legítimas aspirações; que suportam a propagação dos seus momentos crispados.
destapo a inconsciência para expor as minhas torpes atitudes; para suprir as brechas da memória e expressar as minhas frustrações; para inscrever nos meus versos os desafetos profundos.