as palavras inspiradas pelo medo, as aulas pintadas de fresco sob a obesidade da lua, as casas que descem o rio do desgosto para encomendar sermões tóxicos, os logros que entardecem à janela do pranto.

Caricatas são as pessoas,
que se ridicularizam mutuamente.
Contrariando o Grande Pessoa,
não sao as cartas de amor ridiculas.

Somos nós,
constantemente.

Caminho pela floresta
pensando que estou sozinha
sem perceber que folia é esta
e toda a luz que me alumia.

Eu caminho,
pelo caminho,
comigo e contigo.

Não ando só.
Os anjos, os demónios,
os deuses e semi-deuses.
Todas as entidades
andam de mãos dadas.
Passeando pelos bosques verdejantes,
pelas florestas encantadas.
Passeio com todos os eles,
rindo à gargalhada.

a proeza de misturar aos eixos vivenciais trâmites controversos que mitigam as mágoas quando o tédio se revela um dentista cruel.

 TABOA

Quando eu era criança de uns 10 anos, trabalhava cortando Taboa, das bananas, eu fazia paina para encher colções e traveseiros. As folha usava para fazer esteiras. Um dia minhas painas estavam prontas para serem ensacadas e ia vendê-las. Comecei a juntá-las e de repente veio um vento forte e levou todo meu trabalho. Subiu! Eu acompanhei-a chorando, na hora de ensacar  e levar para vender. Elas são leves e fáceis de serem levadas pelo vento. 

Mais uma das frustrações.

Madalena Cordeiro

A Metáfora do Outono

Caem as folhas e flores,

Cai a temperatura,

A lágrima da perda,

Se é fixação perco a noção deste chão tão fixadamente.

Fico só , ou fico são, enterro a razão dentro dum caixão permanentemente.

Para sempre é ilusão onde preservo a emoção aliada ao sentimento.

Parecendo que não finjo em negação de uma verdade evidente.

Consciente revelação que a consciencia transcende.

Realidade onde tudo é vão até mesmo esta existencia que vos prende.