Desapego

Ai que saudades das formigas!
De antigas descendentes folhas
Dos cócos de pássaro e cantigas
De me cortarem para rolhas
 
Ai que saudades das raízes!
E daquela verde esperança
Quando eram tão petizes
Sempre à espera da bonança
 
Ai que saudades do caracol!

Você

Quanta verdade cabe nesse teu olhar?

Seria egoísmo cego

Dizer que não me entrego

Que simplesmente quando você chega
perto, meu coração não se enaltece.

Que seus carinhos nem tampouco me aquecem.

Egoísmo por egoísmo e eu ainda assim te espero

Mais uma tarde se finda

Espero ser ainda sua melhor companhia!

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