a álgida estrutura
Autor: António Tê Santos on Thursday, 21 July 2016há lágrimas obesas em que eu reduzo à maresia ampla do meu sentir os espinhos que alardeiam a liberdade; são comoções que trocam olhares de indigência em diagramas que perduram.
há lágrimas obesas em que eu reduzo à maresia ampla do meu sentir os espinhos que alardeiam a liberdade; são comoções que trocam olhares de indigência em diagramas que perduram.
a alma inventa várias maneiras de sobreviver: o seu isolamento numa redoma inquebrantável; o seu criterioso resfolgar pela área da redoma como se esta fosse uma caverna inatingível e sombria.
as palavras soltam-se em comunicação com a escuridade existencial perfurando os dizeres antigos: são atribulações que fazem gemer quando nas tribunas se propugna tolerância mas as suas rodas manifestam sofrimento.
Solidão
Procuro-te -
sem saber quem és -
nos lugares,
nos pontos de ônibus,
nos bares.
Procuro-te pela vida inteira.
Te peço a Deus -
(Meu peito aperta e me oprime).
Procuro-te,
e vou te ver,
te conhecer;
E te amarei,
como ninguém jamais te amou,
pois eu já te amo.
Serás para mim e
eu serei pra você;
Juntos viveremos felizes!
Juntos teremos a Felicidade Eterna!
Sérgio Accioly