Onde nada míngua

Bem parece um monte de imagens sem substâncias

Quando nesta noite dependurada lutamos a brincar.

Princesas da sutileza, reis e tronos,

Eu, um louco com quebras na língua,

Ela, uma bruxa meninota miúda às danças

Para matizes e alguns cheiros de risos

Na esperança a vir a nós andeja correndo.

Agarra-nos pelos braços,

Esquecemos que quando nascemos experimentamos isto,

Só que ao avesso ficamos,

Versos somos.

Cante para o imóvel

Façamo-lo vibrar e tremer,

Fecho a porta, e sonho

Fecho a porta.
No meio deste cubículo,
Sonho.
Sonhar é melhor que viver…
Não – que incoerência!
Sonhar também é viver,
A única forma de viver que conheço,
A única forma como sei viver.
 
Então no meio do cubículo
Permaneço.
Fito as figuras de mim
Serem quem sonham ser.
Fito-as, e só eu as posso ver.
Ninguém que aqui entrasse
As conseguiria ver,

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