O silêncio
ecoa
prisioneiro

Cala-se
o vento
submisso

O silêncio
mascara-se
de palavras

FM

também há dias de cores frias

porque nem sempre temos a felicidade

de a vida ter cores alegres para os colorir

mas eu sempre tive a vontade

de transformar as mais pequenas alegrias

em momentos de sorrir.

as querelas vão progredindo afanosamente exprimidas em ciladas que alguns infames montam contra os menestréis que cantam a existência demonstrando as álgidas contexturas soerguidas contra os gemidos do tempo.

Por um dia...
Abraçamos a alma,
mais do que o corpo fisíco.
Por um dia...
Cantamos as canções das estrelas.
Por um dia...
Senti-Te tão meu de verdade.
Por um dia...
Senti-me especial e completa.
Por um dia...
Tive a certeza, que juntos somos felizes.
Por um dia...
Planeamos uma vida inteira sem dizer uma unica palavra.
Por um dia...
Quero esquecer de acordar.
Quero ser Eu na Tua vida, nem que seja só por um dia!...

as palavras esbeltas nunca esmorecem quando os cânones de beleza são arredios ou inexistentes na bagagem dum acachadiço aventureiro que vai encurvando canais de solidão ao publicitar remoinhos de silêncio.

há páginas cruentas com poemas redigidos por gente que sustenta um sopro suavizando a ideia de morrer; que transporta no peito uma cruz amortecendo qualquer espécie de decisão.