PEÇA DE TEATRO

Gosto ler, escrever todas
As minhas páginas frontais
Onde fico saltando do avesso
Viro, reviro lendo os versos
Onde invento, declamo, rasgo
Virando-me no inverso da escrita
Onde como-me, engasgando-me
Na prosa que engulo, fazendo-me
Em pedaços, ajeito-me, visto-me
De preto e rosa mas não me queixo
Amo-te dou-te um beijo na face
Lágrimas em contos alegres da vida
Encontros da lua onde termino a poesia
De uma longa novela feita de esperança
Em livros escritos de versos de prosas

CANTOS DA MINHA ALMA

Este grito que vem das minhas entranhas
Traduz em mim, numa dor tão grande
Alma em suspiros reprimida no peito
Desabafa a saudade em querer viver
Piso a antiga calçada de frias fragas
Com os pés descalços, num caminho
Que é longo, com os anos passados
No eco das frágeis asas com que voa
Já sem força e talvez já sem vontade
Tempo perdido no inverno que é frio
Na própria sombra onde olhamos sem
Conseguirmos sequer olhar para ver
Este mundo infernal que se está a tornar

PENSAMENTO

Esqueça todas as mágoas
Há no nosso silêncio
Uma sabedoria profunda
Que sem querer se transforma
Numa resposta perfeita
E apagá-la definitivamente
É procurar o sorriso perdido
Então não acumule mágoas
Mas sim um belo jardim
Que perfume a sua vida.

 

AMO SIM

Amo-te.....amo-te sim
Amo-te em delírio
Gritando silenciosamente
Desejando-te ter-te aqui
Com as loucas saudades
De todos os teus sorrisos
De todos os teus abraços
Do teu mágico toque
Dos teus meigos afagos
E das tuas doces palavras
Amo-te.....amo assim.

 

Pages