O poeta

Eu era um poema tão bonito,

Com o seu inicío, o seu fim.

Tanta poesia que ao ser lido,

O leitor se via em mim.

 

Viver é alegria,

A poesia é tão triste.

Onde a vida é harmonia,

O poeta não existe.

 

Depois de escrever,

Ele já partiu.

Vive sem saber,

Que nunca existiu.

 

A vida é memória,

Sem uma não está completa.

A poesia não tem história,

Só a história do poeta.

 

Aenimar

Sentimentos em bonecos que dançam ao luar,

Inertes, paradoxos que todos sabem

No tempo, uma vida, esperar...

Uma luta, uma chama a auxiliar

O que, em sangue, fora familiar.

 

O progresso de vida sucumbe aos meus desejos...

Penetra-me a bondade e o senso;

Voam palavras e faladores beijos

Na minha mente, diálogos que penso!

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