No seu toque

No seu toque, me despi

No teu beijo, me encontrei

O seu veneno eu senti

E no seu cálice me embriaguei.

 

E foste na luz da lua, antes do amanhecer,

Que nossas mãos se cruzaram,

Nos nossos corpos, em murmúrios de prazer

se encontraram

E neste precioso canto

Que desperta-me o canto

Para quentes versos escrever-te o meu encanto.

A tarde ternamente preguiçosa

 
 
A tarde ternamente preguiçosa
adormece sob o manto suave do luso-fusco,
fecha os olhos e abre a alma às histórias
que a voz do anoitecer, em imagens brandas, vai contando...
 
E a tarde ternamente preguiçosa,
adormecida
vai ouvindo, cheirando, saboreando
a liberdade em que se funde todo o universo.
 
Eu sinto-me frescura verde sem idade
espalhando-me alma sem corpo

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