Culpado ou inocente

São ternas as noites
e longas as insónias
que fotografo na moldura
de um raio de sol adormecido
entre madrugadas tecidas
em vagas de solidão mareando
o tempo com candura
 
 
- Apetece-me só
permanecer entre teu regaço
imigrando nos alados beijos
que me deixaste em recato
 
- Este é só meu jeito
de dizer
como mergulho nessa luz
abraçando-te num soberbo

La prière de l'amour

Nas lentas horas em que a desolação me cerca,

É a ti que chamo de fé.

Teu nome soa mal em flébeis bocas,

E não é a ti que clamam quando o excesso e o desejo se consolam.

 

Permita que a beleza a qual não vivi

Seja guardada dos meus ímpetos.

E que os mais singelos toques

Não passem mais despercebidos.

 

E de tantos erros em tentar achar-te,

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