Solenemente, em mim... Existes

Meu Anjo … minha Luz!
Que me entras pela janela da minha Alma durante o sono,
Desces das copas das árvores, do ar brincalhão,
Sorrindo …beliscando-me a pele,
Ar incorpóreo, voo de uma Deusa,
Permaneces na penumbra, no meu leito,
Caprichosamente, sinistramente
Sob as minhas pálpebras fechadas, nos sonhos és constante,
Te escondes onde a minha Alma dorme;
No eco, no chão e nas paredes…
Vives entre as sombras do meu espaço,
És senhora, és Anjo sem medo,

Quando breve é a vida

Comecei a rima mais breve de sempre,

Sem nada para dizer.

Apercebi-me por dentro,

Do que na verdade estava a escrever.

 

Propositada não seria a sua brevidade,

Porém no acaso envolvida.

No entanto tudo é limitado,

Quando breve é a vida.

 

Até mesmo a estrela mais brilhante,

Vê a sua luz diminuída.

Tudo é breve portanto,

Quando breve é a vida.

Amanhã és poema

Desaparece de mim,

Ainda sinto a tua presença.

Ainda não vejo fim,

Não é completa transparência.

 

Terás que ser invisível,

Afastada da alma.

Terás que ser impossível,

Terás que ser ignorada.

 

Perguntei-me ontem,

Se hoje valias a pena.

Não quero que me contem,

Que amanhã és poema.

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