É madrugada...
Autor: Emanoela Carla on Sunday, 5 July 2015É madrugada...
As ondas invadem as calçadas
São tão intensas
Não pedem licença
É madrugada...
As ondas invadem as calçadas
São tão intensas
Não pedem licença
É no verão que faremos sangrar
todas as palavras acostadas
em temperaturas elevadas
desenhadas assim online
percorrendo desvairadas
o zénite voraz
até onde vagueiam encruzilhadas
de calor
PERFUME DE UMA FLOR
O pensamento voa feito pássaros,
Borboletas coloridas à bailar, soltas pelo ar...
Pousam de flores em flores; até te encontrar.
Quando pousar no cravo, conhecerá,
Pelo o perfume de uma flor,
A rosa que lá ficou...
Um amor, uma flor;
A boboleta conhece este amor.
Autora: Madalena Cordeiro...
Canto III
Eu amo a mulher
que me ama,
eu sou o seu vigia,
e ela é a minha casa!
É porque eu namoro
com ela,
e ela me namora;
Eu sou o seu mar,
e ela é a minha terra!
É porque eu caso
com ela,
e ela casa comigo.
Eu serei o sol
dos seus dias,
e ela será a lua
das minhas noites.
A rua dorme de noite!
Sérgio Accioly
Meu coração dispara
As mãos tremem
Os nossos olhos se entrelaçam lentamente
O vento soa como uma canção
Sua voz me convida
Minha boca diz que não precisa
O poeta não mente
Nem tampouco finge o que sente
É diferente...
É passado, é presente
Cheio de verdade
E enobrece o coração da gente!
Feito laço seu abraço me apertou!
O coração acelerou...
Por incrível que pareça, naquele instante tive plena certeza:
Tenho sede. Muita sede. E apesar desta minha imensa sede, falho em sacia-la.
Por muito deserto que a minha vontade quebre, é a minha própria vontade que parece ser quebrada, seguindo um ritmo pausado pela brisa de um deserto marcadamente seco e sem vida.
Procuro refúgio na sombra daqueles que outrora eram oceanos, para me deparar com miragens. Colunas majestosas de areia, e nada mais do que isso.
Procuro saber, preciso de conhecer.
Necessito de algo mais do que simples areia.
E daí, talvez tudo o que eu possa aprender, não passe mesmo disso.