Com os eus e a alma...
Autor: Horacio Graça on Thursday, 28 May 2015Deixei lá distante
Algures escondido
Um eu meu amigo.
E agora perdido,
Em luta constante
Sozinho e comigo
De tão escaldante
Sou só o restante
Dum grande castigo!
Solidão imensa!
Que sofre e que pensa
Na guerra dos eus,
Sem sonhos dos teus,
Reparo e entendo
Que nunca pretendo
Que os teus sejam meus.
Com os eus e a alma,
Que os une e acalma
Vou vendo o abismo,
Não penso nem cismo,
Não paro, não quero!
Nem quero saber
EM OBRAS
Autor: Oscar de Jesus Klemz on Thursday, 28 May 2015"" Ser poesia é disfarçar a emoção
Camuflar o desejo
PARTIDA
Autor: Oscar de Jesus Klemz on Wednesday, 27 May 2015
“” Por seu amor quero ser louco que grita na rua
Sonhar com seus beijos à luz da lua
E te encontrar na musica que faz cantar
Por seu amor meus pecados serão perdoados
E sua voz perpetuada
Hoje não tenho...
Autor: Machado on Wednesday, 27 May 2015Hoje não tenho...
À Amizade
Autor: Machado on Wednesday, 27 May 2015
À Amizade
A Vida e a Cidade
Autor: Rodrigo Dias on Wednesday, 27 May 2015Quem inventou a cidade foi
Quem inventou as horas.
E quem inventou as horas
Acabou com o tempo da vida.
Antes da cidade não havia hora;
Havia o sol e a noite.
Havia vida
Alegria, paz, tranquilidade…
Trabalho, família, brincadeira…
Hoje, há cidades.
Temos hora para tudo
E nenhum tempo para viver.
Anatomia Poética - O Gozo
Autor: Rodrigo Dias on Wednesday, 27 May 2015És a prova cabal do prazer máximo.
Da alegria intensa que te gera, deixas apenas um torpor
Doce; de explosão, de êxtase!
A satisfação indelével da consumação
Da vida, no poder de gerar outras mais.
És tão excelente que tudo o que é bom remete a ti!
Tudo o que é vital te é associado.
A marca do fim da infância, da inocência.
Mas não és aprazível, és asqueroso ao toque!
Culpa tua, por destruir o momento mais essencial de toda existência!
Anatomia Poética - O Sangue
Autor: Rodrigo Dias on Wednesday, 27 May 2015És fascinante, hipnótico!
Tens cheiro de vida
E gosto de morte!
És a cor, o vigor, a excitação
E o desespero da razão pura.
Uma simples gota tua me revela por completo;
Tua fuga, minha ruína, minha destruição.
És quase tudo de mim. Sou apenas teu dique;
Onde corres e brincas a teu bel prazer
Fazendo-me ser. E viver.
Anatomia Poética - O Suor
Autor: Rodrigo Dias on Wednesday, 27 May 2015És a prova do trabalho,
A paga do esforço,
A lembrança mais perene dos meus feitos mais efêmeros.
Efeito de minha inquietação,
Talvez, por isso, agoniante?
Sim, porque não és agradável!
És irritante, desconfortável… terrível!
Inconveniente, mas favorável!
És a única coisa que me impede de explodir
Sob o incessante calor da vida.