Eu fui assim ontem...

– Pudesse eu cortar o tempo
 
a tempo de emendar
 
os limites e fronteiras
 
onde nossa força fecunda
 
renasça agregada a cada
 
abraço teu que me agiganta
 
refazendo toda a vida
 
que se ergue dos escombros
 
provada
 
recompensada
 
premiada com alivios
 
e gestos tão imprescindíveis

Contra Os Venenosos...

Veja a inveja em dois olhos
Educando o povo aos olhos do lodo. 
Veja esse ódio pairando solto!
Contratando a ira sem motivos prévios... 
Ambição, traição, ingratidão. 
Veja, veja a vida contrita, 
Sendo toda controlada pelos venenosos.
 
Vê, vê o antídoto?!...
 
Esquecidos serão os nossos ossos!
E sem direito a mais nenhuma resposta,
Sem o dever de convencer ninguém

Na Lua, Na Noite E No Espírito

Olho pro céu quando o céu faz uma cara limpa
E noto, daqui do planeta, 
Muitas vias...
Muitos infinitos. 
 
Olho pra lua e não posso recusar
Quando a lua tem esse brilho elevado
Eu não consigo parar de olhar...
(Na lua é que tem paz, não tem dinheiro, 
Na lua não tem coleira e não tem cordeiro.)
 
Não sei se a chave pertence ao andar
Ou se está na saída que eu nunca acho...

Tarde triste

Tarde triste
nestes versos te escrevi
chorando pedindo alívio
pois em ti, em nós,
renasce um eco de saudade,
foi numa tarde triste que o
nosso jardim nos abraçou
colorindo o leito onde derramamos
todas as pétalas 
que o tempo se encarregou de gravar
no nosso almejado universo amado...
numa tarde assim tão triste
onde enfim serenamente tudo
em mim usufruíste
FC
 

Ao piano

Algumas belas histórias
podem ser contadas
ou cantadas ao piano...
E a nossa vida por vezes parece um piano.
Com o tempo LA nos apercebemos que o SOL
de SI também pode raiar sobre um FÁ
ou um DÓ, sem dó de MI nem de mim
mas todas elas harmoniosamente 
fazem música...
é mesmo só uma questão 
de conivência entre o tacto
e os sentimentos
que se expressam acusticamente
FC
 

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