Serenidade

Compartilhamos por vezes
 
um sorrido doce
 
inimaginável
 
com lágrimas perdidas no convés
 
das memórias lembradas com fervor
 
onde por fim me abrigo
 
no convívio selecto dos amores
 
sem mais deixar vestígios
 
para a eternidade
 
sem mais morrer
 
porque a vida feliz
 
derradeiramente apetece

Eu fui assim ontem...

– Pudesse eu cortar o tempo
 
a tempo de emendar
 
os limites e fronteiras
 
onde nossa força fecunda
 
renasça agregada a cada
 
abraço teu que me agiganta
 
refazendo toda a vida
 
que se ergue dos escombros
 
provada
 
recompensada
 
premiada com alivios
 
e gestos tão imprescindíveis

Contra Os Venenosos...

Veja a inveja em dois olhos
Educando o povo aos olhos do lodo. 
Veja esse ódio pairando solto!
Contratando a ira sem motivos prévios... 
Ambição, traição, ingratidão. 
Veja, veja a vida contrita, 
Sendo toda controlada pelos venenosos.
 
Vê, vê o antídoto?!...
 
Esquecidos serão os nossos ossos!
E sem direito a mais nenhuma resposta,
Sem o dever de convencer ninguém

Na Lua, Na Noite E No Espírito

Olho pro céu quando o céu faz uma cara limpa
E noto, daqui do planeta, 
Muitas vias...
Muitos infinitos. 
 
Olho pra lua e não posso recusar
Quando a lua tem esse brilho elevado
Eu não consigo parar de olhar...
(Na lua é que tem paz, não tem dinheiro, 
Na lua não tem coleira e não tem cordeiro.)
 
Não sei se a chave pertence ao andar
Ou se está na saída que eu nunca acho...

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