Passado
Autor: Inês Duarte on Tuesday, 9 December 2014Que futilidade a minha, que raiva
Pensar no que fui e não saber o que sou
Que angustia que eu trago comigo
Que futilidade a minha, que raiva
Pensar no que fui e não saber o que sou
Que angustia que eu trago comigo
Choro um amor desfeito
Nascido docemente do meu peito.
Reviro meu mundo…
E sinto-me lá no fundo.
Meu olhar é molhado,
Meu coração despedaçado.
Meu sonho se desmoronou,
Gritou por ti, teu nome chamou…
Rasgo as recordações,
Apago as ilusões.
Adormeço e acordo na tua lembrança,
Acordo e adormeço na esperança,
Da ausencia de alguém que me traga a cura
Do teu silêncio que tão alto murmura.
Repouso assim nos braços da solidão
Com o amor que se foi …
E deixou tão triste o meu coração !
Zneves
O meu futuro
é um nevoeiro
no escuro
da estrada que sigo, sorrateiro.
É estertor que me assusta
Por causa da moribunda vasca
Da vida que não se acusa.
O presente?
Aproveito-o;
Do passado apagava
Alguns feitos menos pomposos.