Foste apenas uma...
Autor: Ezequiel Franci... on Tuesday, 28 October 2014Foste apenas uma...
Fui tardo em perceber
Que em ti, não havia amor
Para me oferecer!
Foste apenas uma...
Fui tardo em perceber
Que em ti, não havia amor
Para me oferecer!
UM INSTANTE
Ao toque em sua pele,
Sinto seu arrepio voraz,
Deslizando como neve,
Engolindo-me na paz.
Ao toque de seus lábios,
Mordisco levemente,
Sentindo seu doce mel,
A escorrer suavemente.
Sinto o cheiro do cio,
Invadindo minha alma,
Que se arrepia sofregamente,
Sem pensar você me acalma.
O teu respirar,
Alegra meu coração,
Que em todos os deslizes,
Satisfaz minha emoção.
Quero você todo dia,
Quero você todo instante,
Mulher da minha vida,
CONTRADITÓRIO DO AMOR
No submundo do meu coração,
Vejo contrações a enaltecer,
Um passado frio, contrito e sem paixão,
Quiçá ao corpo apenas satisfazer.
Neste esconderijo sozinho estou,
O sim e o não sem satisfação,
Desejando seus lábios que me encantou,
Deixando minha alma sem canção.
No relógio de minha alma,
A corda estica sem arrebentar,
Querendo você de volta,
E abraçar-te sem cansar.
Te desnudo em pensamentos,
Você, desnuda sem sofrimentos,
Convicto de sua presença sagaz,
tão longe o horizonte do sonhador
pequeno pedaço de tela ao abandono
torrando na pele braseiro ao calor
o cheiro do alecrim na terra sem dono
Pátria mãe colo da nossa alma
terra nua que teima em ser bela
sulcos no rosto rugas que à calma
secam o suor de quem a trabalha
Ventos do sul reforçam o orgulho
manifesto puro do ser humano
deste chão imenso ser seu filho
honrar quem nasce alentejano!
CRUZ
Cruz que carrego em minhas navegações
Atordoam meus neurônios, exaustam-me.
São fatos que a vida me deu de presente
Despejou em meu ser este sofrido aposento
Solidão me maltrata nesta conjunção errada
Tira de mim o abraço do amor desejado
Coroa minha cabeça num presente tão amargo
Deitam-me em leito por mim renegado
Cruz dos meus dias vividos, rastejados.
Uma bola de neve sem contagem regressiva
Que dançam sobre o vento num ardor tão passivo
ATITUDES
Nem um rumo se toma sem atitudes
As ruas são retas, sem esquinas da vida
Os morros esquentam a cada subida
E as descidas são apedrejadas pelo vento
Sem sentido não se vai a lugar algum
Sem coragem o mundo te rejeita
Os bêbados caem pela falta do existir
Os sóbrios alargam-se pela vontade de subir
As flores exalam perfumes quando cuidadas
Despertam atenções sem distinções
Um bem querer com muita vontade de sobreviver.
O VERBO AMAR.
Na voz do interior me submeto,