ANÁLISE.
Autor: ROBERTO MELLO - DODÔ on Saturday, 25 October 2014ANÁLISE.
Meu sentimento,
Mistura-se numa tônica de sentimentos,
O sim e o não,
Não há mais ação.
Neste buraco caindo estou,
Com lamúria e perdido,
Acabo não sabendo quem sou.
ANÁLISE.
Meu sentimento,
Mistura-se numa tônica de sentimentos,
O sim e o não,
Não há mais ação.
Neste buraco caindo estou,
Com lamúria e perdido,
Acabo não sabendo quem sou.
DESEJO ABAFADO
Que posso dizer neste presente,
Mesmo ao seu lado, você ausente,
Neste sentimento calado,
Que você tornou-se abafado.
A falta é grande e imatura,
A saudade é longa e tediosa,
Preciso de você em minha cultura,
Pois, coração é fera gananciosa.
Vagarosamente você se afasta,
PLURALIDADE.
Concreto armado e vergalhão,
Impedindo nossa visão,
Neste mundo a pluralidade,
Superando a falsidade.
Janelas encontramos,
A este mundo fitamos,
Tampando a paisagem,
Das pessoas sem coragem.
Muito chão nesta terra tem,
Que será pisada por alguém,
Quiçá o destino do além.
No varão das nuvens,
Curva-se alguém,
A estrela que brilha,
Frisando pra sempre,
o nosso Amém.
O NADA.
Somos capazes de tudo,
De tudo não sai nada,
E seguimos nessa salada,
Sendo a vida jornada.
Tudo é vida e nada,
Amantes somos da fada,
Vivemos de ilusões,
E, morremos como nada.
Caminhamos e pensamos,
Ao encontro dessa fada,
Passam-se vários anos,
E deparamos com o nada.
Somos da vida um terror,
Do nada apareceu o horror,
Convivendo no sagrado amor,
E revivendo sem dor.
Autor: Roberto Mello (Dodô).
Oxalá fosse mar para nas areias brancas finas me [entranhar e acordar] (acabar)
Oxalá fosse homem para uma família e preocupações parentais arranjar
Tomara ser humano para os extra terrestres caírem na Janela do meu sótão
Tomara ser maior para poder os remédios adoentar nas minhas mãos de anão
...
Mas nem o oxalá nem o tomara fazem por ser o que fosse
Nem no mar se fez o homem que apenas humano sonha maior
Cativamos num olhar
Noutro libertamos o nosso amar
Depois de libertado nunca quer regressar
Prende-se no tempo, mergulhado nas ilusões
De nosso cativo que cativou o nosso gostar...
Cativamos numa fala
Noutra falamos sem nos calar
Atropelando peões na passadeira
Na língua atrasada do pensamento a brotar
Ser cativo não é mera brincadeira por falar
Estou tão perto da vida e da morte
na minha meia idade
que nem sei
para onde me ei-de voltar
A criança em mim reclama birrenta
o velho mentaliza razões de enfiada
e nada em mim se orienta
nesta minha encruzilhada.
No Ultramar,
o diabo ronda sem parar,
anseia pela juventude que navega
Para ser adulta e talvez ali ficar,
no chão que de vermelho se carrega
Boinas a tiracolo das armas à desfilada
Mães órfãs de frutos ainda verdes saudosos
Como uma Nação pode ser tão ousada
Lutando por nada e por tudo, orgulhosos
Esquecendo que na alma pesada, corre chumbo de dor,
Que os envoltos dos tubos, eram gatilhos frementes
Onde os olhares se afundavam no negro do tambor
Os dedos, aços que carregavam o odio, tementes