Escravos de nós próprios

ESCRAVOS DE NÓS PRÓPRIOS
(poema em redondilha menor)

* * *
Homens e mulheres
vão ditando as leis...
Com plenos poderes,
se proclamam reis.

E mandam no mundo
a seu bel-prazer...
Que haverá no fundo
para lhes dizer?!...

Passamos p'la vida
sem pudor no rosto...
Inútil comida,
quem lhe toma o gosto?...

Vamos apressados
vendo sempre pouco...
Pobres condenados
com porte de loucos.

Delicada chuva...

Delicada chuva...
 
Ontem pisámos cada integridade contida
nos grãos de areia
desfalecidos entre
tantas solidões sofridas
e arrastadas onde desmoronam
esta palavras impressas no coração
 
Ontem, depois de sair de mim
algemei-me em tuas mãos 
já sofridas e recordadas
no canto da esperança
por cumprir ainda hoje
na íntegra,
sempre sóbria e mais rendida ao
que nos sacia e redime

Consegues ouvir

" Consegues ouvir? Ao acordar sonho Vejo falo e oiço a voz do mar Sou aquela menina... Amando sou chama ardente Paixão árdua que só fogo sei sentir E queimo no beijo do teu olhar Sou aquela mulher... Quando morro desperto a vida Subo montanhas sou inteira marcada pela distância Sou aquela guerreira.... Sou...

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