Pra ser feliz...

Pra ser feliz...
 
- Falar simples
e recomeçar onde o fracasso chegar 
renunciar toda a saudadde
viver e amar desesperadamente..
reter no coração esta poesia que inexoravelmente 
de amor necessita
ser reflectivo, inabalável
enamorado pela grandeza universal
onde até a dor da ausência 
se acostuma a sofrer dramáticamente
quando refugiados nos perdemos
em nossa estratégia 

Acaso...

Acaso...
 
Acaso me deixes
tão só
fico somente no teu ocaso
perco-me desesperado 
entre tantos perenes abraços teus
pois sei do que falo
ah...se sei,
e querendo ou não
ainda assim
resisto ali perto do secreto sussurrar
dos nossos mais ténues embaraços
porque a vida que extravaso
confunde-se
nesta ironia repleta de desordem
e se hoje chorada

Felicidade

                  Felicidade

 

Se há um sol em cada dia p'la manhã;

Se ergo os olhos e o vejo a brilhar;

Se há flores no jardim a despontar;

Como ouso ficar triste p'la manhã!?

 

Se há um meigo olhar que m'acarinha;

Um sorriso franco p'ra  me animar;

Se há aves no ar a chilrear;

Como ouso ficar triste p'la manhã!?

 

Há aroma a flores, a bica de água;

O céu, a maresia, a luz da lua

E a< flor mais bela> que vi nascer!

 

Há o mar azul, a chuva, o verão;

Eterno

Eterno

Então sobreviveram ao tempo.
Não existia mais morte.
Felizes eles viviam
Nasceram um para o outro
Amantes,
Amados para sempre
Tão naturais como as árvores.
Como a exuberância das águas.
De cores fortes.
O amor
Sem dor...
Só sonhos

Momento depressivo

Momento depressivo

É delírio que incendeia a alma
Este desejo de tudo,
que não acalma.
Querer o que não se pode
Jogar fora o que não se quer.
É ser um pássaro amargurado
Preso nas garras do gavião.
É chorar por motivo fútil
Quando há alguém
Que não tem nem pão.
É virar o mundo pelo avesso
E em nenhum momento ver diversão.
O bicho livre virou uma caça
E condenado vive na prisão!

O Ancião

O Ancião

Os passos pesados.
Vão pela estrada.
Carregando a bagagem,
de tantas histórias vividas.
Ninguém mais o escuta!
Seus olhos já não tem mais brilho.
O sorriso apagou-se, com o tempo.
Esquecido está...
E já não mais se importa com isto!
Perdeu-se no tempo da vida.
A velhice sofrida... Sentida...
E uma angustia lenta.
Entremeada, de solidão.
A espera do que virá a qualquer momento.
E nesta lentidão os minutos vão...
Em vão.

Arlete Klens

Despedida

Há um nó

preso em minha garganta.

Chega a doer

Pressionado peo sentimento

Que causa tua partida

Não penso no retorno

Só na falta que sentirei

com tua ausência.

A dor então aumenta

Só o que acalenta

É saber que também sofre

Esta dor tão nojenta.

Por que temos que ter este sentir?

Áh! Que bom seria

Se pudéssemos eternamente sorrir.

 

 

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