Fazer
Autor: Kira on Thursday, 1 May 2014Aquilo que se faz de forma consciente ou não, acontece e em parte nos satisfaz.
Aquilo que se faz de forma consciente ou não, acontece e em parte nos satisfaz.
Entre procurar e não lembrar eu prefiro não esquecer.
Uma linha pra esquecer tudo o que fora prometido
Duas linhas e te digo o que me vale importância
Na terça linha se dá forma ao que reflete relevância
Mas a quarta se desmente no que em si está contido
Cinco linhas e começa, mas ainda em relutância
A sexta linha então se conta em tudo o que mantém sustido
Sete linhas, sete folhas, e um verso reprimido
Oito linhas então cantam no cair de uma tendência
Ah! Saudade, saudade Infernal -
Quando em ti eu penso
Quando em ti me vejo
Ai que saudade, ó Portugal!
Foi nesse recorte de terra
Que eu cresci, me fiz Homem
Que conheci tudo, ó dia d'ontem -
Mistérios qu'a vida encerra
Parto em busca de um sustento
Qu'a minha vida aqui não tem talento,
Ninguém quer saber o quanto lutei
Parto com uma lágrima que escorre
Mas, lembrança, essa nunca morre -
Um dia, a sorrir, eu voltarei!
David Ramilo
Tu que corres como o vento, venhas logo me dizer
Essa nova primavera o que de bom há de trazer?
A que me valha o que lhe vai
Tu que corres como o vento, venhas logo me contar
Essa nova primavera o que de bom há de me dar?
A que me valha o que lhe vai
Essa nova primavera o que de bom há de trazer?
Sob as ondas de qual sol eu poderei então te ver?
A que me valha o que lhe vai
Caminhando à luz do luar,
vejo então em ti preso meu olhar
e me pergunto: O que é isto que há encerrado
minha Dor?
Vinda do glorioso céu,
a luz das estrelas banha seu corpo
e assim vejo a perfeição tão desejada
Caminhando à luz do luar,
vejo então em ti preso meu olhar
e me pergunto: O que é isto que há encerrado
minha Dor?
Vinda do glorioso céu,
a luz das estrelas banha seu corpo
e assim vejo a perfeição tão desejada
daquela que tantas vezes me há sido negada.
Meu coração, de repente tão rápido bate,
qual asas de um pássaro selvagem.
Sinto então a dor crescer
por esse desejo tão grande que vive na forma de um
Ser.
Que mais posso fazer? me pergunto
Calor frio da importância
Coberto pela ausência de pó;
é tão triste a ganância
de querer; e querer só!
Mais triste só a tristeza
escondida na minha alegria,
um toque de sutileza
para fazer valer o meu dia.
A alegria que eu queria minha
já não volta,
mas não desespero, tenho-te a ti, Coimbra,
a minha ponta solta.
E quando não me puder agarrar,
amarrar-me-ei,
porque o que tu tens pra me dar, Briosa,
eu nunca perderei.