ABRAÇOS DEMORADOS

ABRAÇOS DEMORADOS

Quero,
Viver veemente, não como sol de pouca dura
As rotas do sonho, a sorte do novo, o inovado
Voar sem medo pelos meus sonhos, não pela aventura
Um grande amor, gritar bem alto, que te tenho a meu lado …

Quero,
Nas emoções que dentro de mim crescem
O toque extasiado de muita luz, consciência pura
Cânticos q’ suavizem meu sono e que aos céus me elevem
Auroras de amor, abraços demorados de muita ternura …

Mariana Asper

NAS GOTAS DA CHUVA

NAS GOTAS DA CHUVA

A chuva cai, cai mansa
Molha a terra de momento
Sinto o cheiro que me desencanta
Das folhas secas trazidas pelo vento

Chuva fria, forte e constante
A terra tornará a ser fecunda
Os campos cobrir-se-ão de flores num instante
Serei um dia árvore de raiz profunda …

(…) Semente que floriu no cerejal,
Não me assustará, mais, nenhum vendaval!

Mariana Asper

A PRINCESINHA

Como um presente tão delicado
Que desperta em nós tanto carinho,
Ela tem a luz de um céu doirado
E a doce ternura de um anjinho.

Quando em seu berço de nuvem dorme,
Tão graciosa, sorri sozinha;
E quem não tem um amor enorme
Por esta querida princesinha?

Seu reino de sonhos e doçura
É cheio de flores no caminho,
E nos corações em que fulgura
Ela também fez seu meigo ninho.

MENINO POETA

MENINO POETA

Menino poeta, de olhos cansados, escutando, os sons roucos das

palavras sem nexo nesta escrita de loucos, deste poema corrido, onde a

perseverança é nublada por pensamentos vestidos de negro, decantados

na desilusão da espera e trajados em crepúsculos pálidos da incerteza.

As frases dos teus poemas jazem vencidas caídas, varridas, para

esse abismo profundo de solidão. E a sorte, essa, amarga e profana até

na morte, cai em mergulho profundo, asfixiando-se por entre ais e

Cadeirante menino

Lá vem!
O cadeirante menino,

Com sua luneta lunar.
Fazendo curvas
Na triste vida dos homens,
Rasgando risadas de estrelas pelo ar.

Suas pernas estão paralisadas;
Mas, em suas veias corre o sangue límpido de Deus.

Velejará por mares infinitos...
Por entre cânticos sublimes de um lindo apogeu.

Não se curva, não fracassa,
Sua vida é um milagre;

Tem na alma a agilidade de uma fragata.
Sabe, portanto, sua missão:

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