Sem Saber o Que Fazer

Não sei o que fazer, tu estás longe de mim,

Posso falar contigo mas nem sequer te posso ver.

Sei que não há futuro, mas recuso-me a aceitar um fim,

E sei que alguém como tu, não vou voltar a conhecer.

 

Que mau este destino que tem sempre que me calhar,

Talvez nunca haja cura, quando a doença é amar.

Procuro soluções, mas a minha mente está vazia,

Já nem consigo fazer bem, aquilo que dantes fazia.

Não me Interessa

Não me interessa se estou para morrer,

Pois a minha vida a muito que levas-te.

Não me interessa se te vou esquecer,

Porque tu de mim jamais te lembraste.

 

Não me interessa se guardas de mim rancor,

Porque a tua opinião nunca foi boa a meu respeito.

Não me interessa se sentimos, ou não, amor,

Porque há muito roubaste o coração do meu peito.

 

O Corpo em que me Deito

Nos umbrais do desejo

Ouve-se a voz de uma criança

No destemido firmamento

Nasceu a esperança

 

Como fora de ti

Sentes uma dor no peito

Em ti ainda pulsa

O ardor do teu leito

 

Tão longe de ti

Ainda arde aquela chama

De um coração selvagem

Que a inocência reclama

 

Coração faminto

Que saltas de prazer

Na eterna juventude trazes

A rebeldia em teu viver

 

Além de ti

Nada mais existe,

Do que um mundo

Que para ti subsiste

 

AO QUE ME ÉS FLOR CRESCIDA ENTRE GUERRAS

Pois que trema toda a terra e que se rache em mil pedaços

Despertando mil vulcões que desçam sangue e também lava

E o que o céu se escureça em sua tormenta vil e brava

Pois aqui eu estarei com minha flor entre meus braços

 

Pois que o mar de negro amor cale a coroa de vez flava

E que o vento mais sarcástico rompa lágrimas e laços

Que o deserto mais sombrio nos engula quaisquer traços

Pois aqui eu estarei com milha flor de pele alva

 

Pois que o mundo se acabe, nada mais tem importância

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