À Beira-Mar

Ao fim de tarde, vou caminhando lentamente à beira-mar,

E recordo-me dos seus claros olhos, que sempre quis amar.

Vejo aqueles raios de sol que ainda brilham, tão dourados,

E recordo-me dos seus belos e loiros cabelos, a vento soltados.

E aquela suave areia, de suave nada tem à sua pele comparada,

Tão clara, tão cheirosa, tão macia como a seda, a da minha amada.

 

Sento-me a ver o por do sol e ponho-me a pensar,

Amar-te

Sonho com alguém, não passa de fantasia,

Corro atrás da dependência e de uma certa autonomia.

É tudo isso que significa amar,

É estar tão preso alguém que nos pode libertar.

 

Estou tão perto de ti, tão perto que te ouço respirar,

Unidos pelo mesmo sentimento, pelo mesmo ar.

Ouço a tua voz, embora ela não fale para mim,

Quem me dera que esses planos se concretizassem sem ter fim.

 

Saliva Ácida

Língua

mais inspirada

que o olhar demente

que absorve tudo em seu redor

menos as lágrimas que larga  ao longo da face  e folhas do caderno

que a língua manda preencher

com os seus pensamentos sórdidos

mais mórbidos

que a merda que deixa ensurdecer

os ouvidos da ignorância.

Lembrando minha infância

Lembrando minha infância

Ando por aqui,
Porque nao posso ir por ali
Meio sem tino.

Mas algo lindo li
Quando uma bela foto vi.
E me deu um sentido.

Com belo e doce carinho
Minha infância lembrei
E meus queridos amiguinhos.

Nao eramos nada pobres
Cheios de sonhos e alegrias
Humildes, sinceros e nobres.

Personalide escondida

Personalidade escondida
habita pálida e silenciosa
cada sopro de vida
da tua vida grandiosa.

És um para ti,
mas os outros vêm diferente.
Até tu sabes que não és assim,
mas manténs esse "tu" presente.

És um,
mas a vida faz outros de ti.
Podes fazer-lhe jejum
mas isso só trará outro "tu" a ti.

E o que queres tu afinal,
seu habitante errante da ilusão(?)
se não és mais que desejo sexual;
um diferente vocalista de uma mesma canção.

UTOPIA - II

UTOPIA II.

Mais uma vez, busco-te e choro,
por te poder achar
Por onde andais?
Bruta realidade tão dura e nua
No silêncio, em redor
ouço a noite no céu a estalar
Cedo a vida ao destino e ao tempo,
entrego a morte
Porque choro eu?
Se este sonho é meu, utopia crua!
Um sonho de visões dilacerantes,
estranho sem norte
Acalento em meu delírio ardente,
que a tua imagem o destrua.

Doença humana

Oh, sono de sonhar,
fome de emagrecer.
És o amanhã que ameaça chegar,
o período que ninguém irá esquecer.

Todos "fomos usando" a nossa parte.
Sem medir ou contar.
Agora, não podemos, simplesmente, ir para marte...
Como não somos de prevenir, há que remediar.

Porque se fizessemos a viagem,
viajariamos como quem erra;
E mudariamos a paisagem
à semelhança da Terra.

Somos uma doença
e o amanhã prevalecerá,
desfazendo a crença
que um depois de amanhã chegará.

Interesses que só interessam aos desinteressados

Interesses que só interessam aos desinteressados

Sério, a mulher "MODERNA" está ficando cada vez mais desinteressante. Até porque, ela tem outros interesses. E na maioria dos casos, nada interessante. Claro, elas não pensam assim, o interesse delas é o pós modernismo. Que tem muito pouco de interessante. No final, tudo que buscam ainda é o velho romantismo. A emoção ainda fala mais alto, e continua sendo interessante.

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