Meiga noite
Autor: Clerton on Sunday, 16 March 2014Refaço os passos,
Mudo de rumo.
O norte pode estar no sul.
Há coisas estranhas entre o céu e a terra,
Entre a terra e o mar,
Entre você e eu.
Não havia nada,
Apenas um cigarro moribundo no cinzeiro,
E o teu silêncio a me atormentar.
Na mansidão dos teus lábios,
Encontrei o meu melhor recanto.
E fui jogado ao canto,
Ao pensar em perder-te.
E perdido encontrei teu encanto,
No sorriso que desabrochava,
No teu silencioso canto.
Viajando a vida
Autor: Rui Correia on Sunday, 16 March 2014Escrevo de pé
numa viagem
que me cansa a fé.
É o destino;
DO QUE É FEITA A POESIA?
Autor: danieldenani on Sunday, 16 March 2014Máxima de Baudelaire - Manejar sabiamente...
Autor: Baudelaire on Sunday, 16 March 2014Questões sem resposta
Autor: Gabriel dias on Sunday, 16 March 2014“Questões sem resposta”
Pela noite dentro escreves palavra a palavra,
dás cada passo, a cada voz que ouves na tua alma,
uma memória à distância de um guiar nessa estrada,
tanto frio está,nessa beleza de acentuar e te deixa desamparada.
Cocktail explosivo num terno sabor a absinto,
teu beijo com sabor a licor nos teus lábios que sinto,
essa chama de fogo ardente num sorriso,
num querer esquecer mas o controle é fraco e indeciso.
ONDE NASCE UMA POESIA SEMPRE COMO POESIA VIVERÁ
Autor: danieldenani on Sunday, 16 March 2014Não me venhas de teu mundo que fulguras de anil
Pretendendo que eu vislumbre esse teu cântico naufrágio
Ao som das vozes tão vorazes que soletram nosso adágio
E por fim se dilaceram como um verbo mais senil
Não me digas que é honesto o teu folclórico sufrágio
Nem imponhas ao bom grado o que de fato seja vil
Velejando as correntezas que espargem cantos mil
Que não trazem mesmo nada e nem se alinham em presságio
Não me digas que é certeza o que não tem explicação
HARMONIA CELESTE
Autor: ALEXANDRE CAMPANHOLA on Sunday, 16 March 2014
Vem de ti, quando erras pelo areal
A longe teu palácio de cristal
Olhando, toda a candura infinita,
O orvalho que dos olhos do eremita
Fulgura numa manhã radiante.
E, como se isso não fosse o bastante,
Vem de ti as alvas pombas do céu,
Dos campos lautos o fagueiro mel,
Os anjinhos que brincam no ribeiro;
O teu olhar casto é um celeiro,
Onde se encontra da vida o tesoiro,
Onde resplendem os sonhos vindoiros.
Teu perfume na corbelha de flores
Causa no seio intensos amores.
Beta azul
Autor: Arlete Klens on Sunday, 16 March 2014Era só um peixinho!
Suas nadadeiras pequeninas...
E azul suas barbatanas.
E eram enormes!
O peixinho nadava veloz .
Em seu aquário ele brincava.
Mas...Um fungo malvado!
Atacou o peixinho.
E agora ele jáz.
Morto inanimado.
Que dó do coitado!
Brumas do desejo
Autor: Graca Mendes on Saturday, 15 March 2014Se teu corpo é a única Ilha no oceano
Como poderei eu não o desejar?
Quando à minha volta tudo é insano
E o meu coração, ninguém sabe amar!
Se a Lua se esconder em teu olhar
Como poderei eu encontra-la?
Quando a caravela no gelo encalhar
E a neblina teimar em abraça-la!
Como chá calmante de erva-cidreira
Anseio beber dos teus lábios um doce néctar
E, em teu coração mergulhar como numa banheira…