AQUELA ATRIZ

Esta noite num palco ilustre eu sinto
Deslizá-lo a sombra daquela atriz
E, no seu drama de amores em flux,
Verá chorando quem já foi feliz.

Quando ela entrou com seu silêncio altivo
A flutuar no vermelho tapiz,
Discreta como a lua nebulosa,
Que esconde o brilho em passos sutis.

Alguém que tinha no peito inocente
Ruídos mestos de temores vis,
Viu-se descrente num porvir horrendo,
Su`alma rota e seu cabelo gris.

As voltas do dinheiro ao serão

Histórias lá da aldeia - As voltas da nota

Existe lá na aldeia, uma albergaria centenária, negócio de gerações da família Modesto.

Modesto Junior, o proprietário atual, de cima da sabedoria amealhada ao longo dos seus oitenta anos, criava raizes lendo o jornal da terra,
Espiga Falida, na mesma cadeira onde o seu pai e seu avô, haviam rebolado os respetivos e honrados trazeiros, aguardando a chegada de
hipotéticos viajantes que procuram guarida.

caminhando

Rosto encapuçado,
escondido em si!
perdido nas horas,
vagas de prazer!
partilha,
partilhando domina o tempo,
e as outras horas,
meio cheias de fazer!

Procura-se nos socalcos
das rugas do viver.
Nos labirintos da vida,
repete os passos,
pisa descalço
passadas do seu ser.

NÃO SEI NADA DE MIM

Sou inteiro a ponto de ser taxado como um louco que não sabe o que diz..o que quer ou para onde ir...

Mas a minha insanidade não apavora ninguém, apenas suspiram questionamentos se a loucura sou eu ou que eles pensam de mim.

Não sabemos mais nada dos nossos amigos..

Como eles estão vivendo..

Se precisa de nós..

Se a vida tem valido a pena..

Se ainda somos amigos..

Tenho sido inteiro para os meus amigos?

Tenho sabido ser amigo?

Reconheço-me metade do inteiro que julgo ser!

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