SOLUÇÕES PARA NÃO MORRER VOVO

Para interromper um padrão dramático, o último passo é a magia, face ao desespero e pressa quase intolerável, num misto de alívio e frenesim que consola.
Ora desconcertante ora harmónica com impressões atribuídas a uma subjetividade tão providente como provisória.
Num notável fulgor melancólico, também melódico, da comédia construída de pedaços díspares só unificados pela ficção.
Realidade aparente escalada pelas ideações do imaginário.
Aquela vulnerabilidade do percurso que afaga o prazer, sem se importar com um objetivo ou destino determinado.

TÃO CASTRADOS COMO HERÓIS

Intimidade manipulada, recortada por amargos de boca de impotência. Seres amputados, meios seres, no incompleto, amplificar do arco-íris desenvolto e precioso.
Tracejar de farsa, no drama que cobre o já dilacerado corpo, de personagens teatrais a quererem atravessar os séculos sobre palcos flutuantes, onde não podem apenas ser, deixam-se sobreviver.
A totalidade não consegue existir. Faminta de substancialidade, só aqui e ali, resgata lugares, vibrantes de confrontação e frontalidade.

EXISTÊNCIA

Existência, quase jogo obsessivo, entre a monotonia e a construção mental.
Um combater dos vícios arreigados ao quotidiano, venenos na rotina dos dias.
Confusão picante a descompor o aborrecimento e a obediência.
Expressões desenhadas em elaboradas perícias da mente refletem sinais de alento.
Qualquer aroma de primavera a vibrar contra os desencantos de vazios flutuantes.
Nada é irreversível à acção voraz do sonho: apenas a morte.
Trocar da consumição por ímpetos do arrebatar criativo, ora ávido ora cálido.

CONTRA O CENSO NÃO É CONTRASSENSO

Por vezes, senta-se o aborrecimento na sensatez. Embrulha o corpo, amolece os ossos, deprime a pele, num nítido semblante de dor da alma, causada pelo entrecruzar eléctrico dos neurónios.
Contra todos os prognósticos, vicejam os vermelhos no espanto do próprio sangue em contra-senso.
Contudo, existe uma densidade que faz tentativas sucessivas de cerco, para atiçar as inseguranças, fomentando medo.
Prossegue o debate, sempre rejeitado pela megalomania encaixada em redomas resplandecentes de vazio-eco.

CONTRA O CENSO NÃO É CONTRASSENSO

Por vezes, senta-se o aborrecimento na sensatez. Embrulha o corpo, amolece os ossos, deprime a pele, num nítido semblante de dor da alma, causada pelo entrecruzar eléctrico dos neurónios.
Contra todos os prognósticos, vicejam os vermelhos no espanto do próprio sangue em contra-senso.
Contudo, existe uma densidade que faz tentativas sucessivas de cerco, para atiçar as inseguranças, fomentando medo.
Prossegue o debate, sempre rejeitado pela megalomania encaixada em redomas resplandecentes de vazio-eco.

Criança

O mais belo sorriso,
O mais inocente
O mais doce sorriso,
È o sorriso de uma criança.

O mais puro olhar
È o meu olhar infantil.
As mais pequenas mãos
As mãos mais doces
È a mão da criança!

Ah! se o mundo fosse como o mundo infantil!
Seria mais doce,
Mais sincero,
Mais silencioso nas guerras
E mais gritante na paz.

Homenagem a Floripes III

Não importa se seus olhos estão fechados,
Para mim eles estão abertos.
Não importa se não posso te tocar mais
Toda noite te toco em meus sonhos.

Sei que da sua boca não ouvirei mais nada
Mas meu coração gravou sua voz.
Não importa quantas lágrimas eu derrame
Eu sei que não pode mais ve-las.

Não importa se você se foi
No meu coração você continua viva.
Quando eu dizia que te odiava não era verdade...

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