Vã verdade apetece-me,
palpita com sede o vinho,
deságua a mentira inebrie
com a doçura do amor tinto.
Procuro-te com a polidez,
a retumbância de um diamante
escondida dos olhos e da surdez,
ouço-te na penumbra sensatez.
Sem vos nada queremos.
Se morta estiveres, findaremos.
a falésia desmedida
Autor: António Tê Santos on Sunday, 13 November 2022a textura da amizade dirige o poeta até um bem-estar que o ludibria: ignora as suas vitórias sobre o temor e a perfídia; instala as suas emoções no palanque da candura para logo as dissolver no desencanto.
E mais uma vez...
Autor: Reirazinho on Sunday, 13 November 2022a falésia desmedida
Autor: António Tê Santos on Saturday, 12 November 2022derramei a hipocrisia no escoamento da minha consciência para a juntar às angústias e às facécias colossais; e à proeminência dos meus sonhos malogrados; e às numerosas adversidades que enfeitaram o meu regaço.
NUVEM DE VIDRO
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Saturday, 12 November 2022O eremita não lê Harry Potter
Autor: Reirazinho on Saturday, 12 November 2022
É ali no monte Everest
Que lá se encontra vosmecê,
Longe, como quando se lê
a falésia desmedida
Autor: António Tê Santos on Thursday, 10 November 2022na letargia me firmo após requerer ao mundo a sua turbulência inspiradora; após matar a saudade e os seus impressivos tormentos; após abolir os meus pudores antigos e as minhas condutas imprudentes.
Arrebol
Autor: Oscar de Jesus Klemz on Thursday, 10 November 2022
É o lamento não equivocado
em um momento, a revelação
Mímica
Autor: Reirazinho on Wednesday, 9 November 2022
A mímica é a maior arte,
quando se imita, a morte vem,
o ego se dissolve no vento,
as relutâncias vão pro além.
Ressuscita-me o silêncio
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 9 November 2022
para sempre Gal
Entre complacentes murmúrios o tempo crepita flamejante e altruísta
Encurva-se saudando a manhã que desperta tão saudosa e reformista
Ressuscita-me este silêncio incrustado no parapeito das preces imprevistas
Qual bálsamo transcendente duas brisas perfumam essa voz tão pacifista
Na infinita metamorfose de luz fecunda-se um adeus sereno e coreografista
Assim se apascenta cada hora esvoaçando algemada a um sussurro calculista