SEIS INDAGAÇÕES
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Tuesday, 9 August 2022
1.
para que instaurar
atos forjados
entre paredes mortas?
2.
para que postergar
urgências preditas
do éden secular?
3.
para que apagar
miragens provisórias
com blindadas auroras?
4.
para que expurgar
soluções evidentes
se seu viço é de glória?
5.
para que vergar
a pane das rochas
sobre a ruína do pó?
6.
para que refratar
o punho erguido
se seu gemido é de cólera?
Procuro um amor
Autor: Almaemchamas on Tuesday, 9 August 2022vento do leste
Autor: Sílvio Alves on Monday, 8 August 2022Lágrimas de chumbo, em caras inocentes.
A orquestra de fundo é uma bomba viva,
Corre sangue quente em todas as frentes
E não se vislumbra uma pomba activa.
Impera a loucura em todas as mentes,
A orquestra de fundo é uma bomba viva.
Vento do Leste, transporta loucuras
E os braços de Deus, não abraçam ninguém.
Em discursos vãos, apenas vês juras
De apostar em armas e nada as detém,
Nem mesmo o choro das crianças puras.
E os braços de Deus, não abraçam ninguém.
poemas da razão
Autor: António Tê Santos on Monday, 8 August 2022as minhas emoções contêm úlceras que não cicatrizam; a minha fantasia abrasa quando eu percorro as ruelas do mundanismo; as minhas palavras fustigam quando eu me aproximo da ignóbil gente.
poemas da razão
Autor: António Tê Santos on Sunday, 7 August 2022inventam-se subterfúgios que geram esperanças que não existem nas crónicas benevolentes da humanidade; ou transfere-se para as atoardas a violência que humilha os servidores desta vida dissonante.
Ventania das sombras
Autor: Reirazinho on Sunday, 7 August 2022Sendo o vento em desvairo, eu caminho em todos os lugares, locais principalmente ocultos. Vejo a sombra dos humanos os perseguindo. Todos têm algo a esconder, todavia, do meu sopro, tudo se esvai. Caminho entre os caminhões armazenando concreto. Quem dera se eles se chocassem; não literalmente, mas entre segredos. Imagine só o quanto os blocos excruciariam na cara. Quanto sangue seria derramado; seria como um mar onde apenas o horizonte é livre, ao toque da vermelha verdade.
A lua que se apaga
Autor: Reirazinho on Sunday, 7 August 2022Entre a lua, o céu
Nadou no mar
E na terra afundou
Teu brilho alunar
O sol se queimou
Pôs a lua a deitar
Jazida sozinha...
Na madrugada
A tentar sonhar
Ao onírico pesadelo
Esta é a história dela
Por analogia é natural
A obsessão tão vil,
Uma história tão brutal
Da lua que ele enterra
Chaves da ignorância
Autor: Reirazinho on Saturday, 6 August 2022As chaves do conhecimento
Trancam a ignorância,
Mas as calamidades
Da arrogância a libertam.
Tento deixar na trinca
Um pouco de lucidez;
Quem dera se a virada
Perceptiva abrisse o mundo.
Liberdade e conhecimento
São as leis antidesalento.
Para ser livre deve-se saber;
Para saber, livre deve-se ser.
poemas da razão
Autor: António Tê Santos on Saturday, 6 August 2022pululam os ditames fecundos e as excelsas novidades daquele que reflete na buliçosa viagem ao cerne do mundanismo; daquele que promove a genuinidade no decorrer da sua árdua evolução.