OI VOCÊ
Autor: JOSÉ ADÃO RIBEIRO on Friday, 26 April 2013OI VOCÊ
OI VOCÊ
Quem eu sou!?
Há quem diga que sou louco!
Há quem me defenda.
Pra uns eu sou um chato,
Pra outros sou hilário!
Pra umas sou um gato,
Outras juram que sou rato!
Já fui chamado de safado
Fingido
Traidor
Já fui tratado com carinho
Mózinho
E meu amor.
Me vejam de qualquer jeito,
Porque de qualquer jeito, eu sou.
Eu sou antipático.
Sou simpático.
Sou frio e caloroso
Verdadeiro e mentiroso.
Vês-me, tal como eu sou, velho e usado,
Já não me dás valor nem atenção,
As rugas, as brancas e a lentidão
Afastam-te deste barco encalhado.
Isolaste-me da tua sociedade,
Sem eu ser assassino nem ladrão
Enclausuraste-me nesta prisão,
Lixeira de cadáveres adiados.
Também eu já tive a tua juventude,
Também esse teu mundo já foi meu
E eu, por ele, fiz o melhor que pude.
Ajuda quem ainda não faleceu,
Lembra-te de que fui jovem como tu
E que tu serás idoso como eu!
SAUDADE
Ai que saudade do teu cheiro
Rias o teu riso demorado e forte.
Enseada perdida,
onde o mar pede perdão,
tu beijas as águas,
chegadas do coração...
Poço de esperas,
de um amor que partiu,
tu olhas mas não vês,
que ele nunca existiu...
a maré vai e vem,
e encontra-te só,
contemplando a esperança,
presa na tua vida por apenas um nó...
vestes-te de sal,
quando a saudade te visita,
é no teu areal,
que ela para a alma recita,
lágrimas de um tempo,
que ela própria esqueceu,
Alma com amor
Pode não ser vista
Mas sentidas
Com os nossos sentimentos
Poucos ainda não acreditam
Mas a felicidade
Faz-se presente
Quando a alma é reconhecida
Em cada um de nós
Ser sentir a alma
É estar de bem com a vida
Alma sempre bela
Não é vista mas é sentida
Acreditando no amor
Ela estará mais presente
Sabendo que todos
Buscará os momentos
Alma
Alegria invisível, mas sentida.
Liberdade de estar em qual quer lugar
Maravilha com magia do verdadeiro
Amor
Lá vem ela, esvoaçante,
Numa nuvem de perfume, flutuante,
Com uma roupa sexy, tão colante,
Vendendo sua imagem, provocante.
Toda cheia de charme, fascinante,
Transbordando de orgulho, tão pedante,
Desfilando sua figura, insinuante,
Imaginando-se uma deusa, fulgurante.
Mas, o tempo passa, massacrante,
E toda aquela beleza, estonteante,
Vai se desfazendo, desconcertante,
Até tornar-se uma velha, degradante.
Desculpem por este poema, deselegante,
UM SOL SÓ PRA MIM
Na minha infancia, bastava o sol lá fora, que o resto se resolvia!
Mas isto me acompanhou!
Que lindo!
Eu tenho um sol assim!
Não é esse sol de todos!
É um sol só pra mim!
Autora: Madalena Cordeiro