A ignorância é a maldição de Deus
Autor: Shakespeare on Thursday, 10 January 2013A ignorância é a maldição de Deus, o conhecimento é a asa com que voamos para o céu.
A ignorância é a maldição de Deus, o conhecimento é a asa com que voamos para o céu.
Ó a morna manhã de fevereiro. O vento sul importuno veio reavivar nossas lembranças de indigentes absurdos, nossa jovem miséria.
Henrika vestia uma saia xadrez branca e marrom, em moda no século passado,
uma boina com fitas e um lenço de seda. Era bem mais triste do que um luto.
Dávamos um giro nos subúrbios. tempo nublado, e esse vento do Sul excitava
todos os odores ruins de jardins arrasados e campos secos.
E isso parecia cansar mais a mim que à minha mulher. Numa poça deixada
Dois corpos em cruz
sob a lua entrelaçados,
sombreados tons azuis
para sempre amalgamados:
quentes, pulsantes, nus.
E.
Eu sou Assim.
Guel Brasil.
Não sou bonito nem feio
Não sou rico nem sou pobre,
Não tenho muita leitura
Não sou plebeu nem sou nobre.
Não sou branco nem sou negro
Tenho de cair para me levantar
Enquanto me levanto em tropeço
E em tantas quedas, da vida não me esqueço
Enquanto cair e me puder levantar
- Ontem, esbarrei neste caminho
Cambaleando em direcção ao chão
No pulsar activo do coração
Por todas as direcções do meu destino
- Hoje, caminho e tropeço
Caio, levanto-me e volto a cair
Sem parar de me levantar e pedir
Para voltar a cair, mesmo quando não peço
- Amanhã, vou aprender a cair
Mesmo antes de me levantar
Para saber como pisar
Narra-se o poema, ao consumo da reticência
Pelo olhar longínquo, no horizonte do Poeta
Mais alto que a voz, anseio de Profeta
Ao maior das marcas em sua existência
Louva-se o vento, aventureiro abastado
Comendo, por dentro, o pó da essência divina
Ao cantar da lágrima, num sopro que o defina
Por um pouco ao desdém do tempo encontrado
Que as flores prosperem, ao saber da Primavera
Florindo nas cores do olhar capaz
De onde se rompa o peito, libertando a paz
A multidão consumia-me com os olhos;
Tu: Embrulhavas-te no convívio do entretenho;
Eu: Passava por ti; ao largo, quando, no meu coração,
Havia a revolta das diferenças, “por me sentir único”
«Quando queria ser mais: Mais que gente…
E encontrar-te, para mim, naquela virada da sorte;
Tão certa quanto a morte…
Onde teu beijo me acordasse, uma alegria urgente» …
Para se recitar no theatro do Príncipe-Real
Senhores! vêde o sol; diariamente
Nasce, cruza esse espaço e, no poente,
Acaba de brilhar.
É util, é preciso, é necessario,
Não é pois inconstante, não é vario;
É certo, é regular!
Hervas que nutrem, animaes que comem,
E a imagem de Deus--que falla--o homem,
Sem essa luz, dizei:
Vegetavam acaso, existiriam?
Os echos d'esses valles repetiam
Alguma voz? O que!...
7-5-1914
Passou a diligência pela estrada, e foi-se;
E a estrada não ficou mais bela, nem sequer mais feia.