Vampiras órfãs pelo destino

Irmã da eternidade catastrófica, homicidas os irmãos de vosso sangue. Usas a malévola dissimulação para sugar as diretrizes da ordem moral, como um draconiano soldado em eras sombrias. Impressiono-me com tua trama de arrastar os homens ao centro da luxúria; agarras a indolência como se olho de tornado ventasse. Feito quadro expressionista, bebes de todo viço verrinoso, e vomitas na tela a verdade.

Elegia a Deus

Quem na penumbra de um pensamento
Poderia imaginar tal desalento tão cinza,
No abismo surreal de espíritos sofrendo
Por ausência da graça que nos finda.

Os galhos ressecaram por sua ida sombria
Os pássaros enrijeceram e caíram no poço,
Mas nossos pecados voam na névoa tão fria
E iram os animais tão selvagens de teu fosso.

Tais criaturas viveram sob o jugo da moral
Agora fervelham no sangue negro tão vil.
Dançam no adágio do ódio, o pecado mortal,
A ordem deificada no buraco escuro e febril.

Gratidão

Eu sou muito grato no mesmo grau
Da fé em que se tem da ferida a
Ser curada e será
Da esperança que acontece antes de se morrer
Eu sou grato, antes dos meus últimos passos
E depois deles ainda sou grato
Por que sempre fui alimentado
Pelas preces atendidas
E pelas tardias, aprendi a agradecer
Também
São desígnios de Deus!
Sou tão grato,
De saber que como humano sou apenas uma peça
Que depende de outra e outra
Sou grato
Pelas dores resolvidas
Sempre serei grato e não me farto

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