Jazigo das rosas

Onde ela será sepultada
Não haverá cova
Nem terra a sucumbir
Sua fúnebre homenagem
Será perpétua
Nenhuma gota da chuva
Lavará sua tristeza
O homem ignorante
néscio homem ignorante
cortará sua raiz
Nenhuma mosca na entranha
E um dia não perdoará
Sem compaixão na barganha  
Muito menos vingará
A rosa que sangra eternamente
E Deus não convalesce
Ao jardim das tristezas obscuras

O conhecimento da morte

Mas afinal o que é a morte?

Um anjo caído do céu que precisa de forças para voltar a casa?

Uma volta ao mundo sem asas para cortar a respiração?

Uma ferida aberta com sangue inocente nas mãos de uma automutilação?

Da morte não tenho medo,

O que me assusta

É a falta de conhecimento que temos dela…

O sol

Sei que estás aqui

Tão longe e tão distante

Mas ainda chamo por ti

Mesmo que a dúvida seja hesitante

Não existe pessoa como tu

Quando chove são as minhas lágrimas

E é nessa tempestade que te prometo

Guardar-te para sempre nas minhas páginas.

És a música que mais gosto de ouvir

O livro que nunca acabei de ler

És o filme que me faz sorrir

O poema que ficou por escrever.

Sei que nada dura para sempre

E nenhum de nós o pode alterar

Mas permanece em mim

Descargas

Podem ser elétricas

Ou descargas emocionais

Até das fossas sépticas

Que dão descargas nasais

 

Podem ser do autoclismo

Ou descargas de dopamina

Das hormonas do organismo

Da hormona de endorfina

 

Há a lâmpada de descarga

Nos porões vai a bagagem

Do leito do rio que alarga

Pages