a falésia desmedida
Autor: António Tê Santos on Saturday, 10 September 2022a impostura jaz no topo das atuações daqueles que contorcem a liberdade; daqueles que cursam falsas etapas para nelas dissolverem temores injustificados; daqueles que transferem para os outros a sua degradação emocional.
PRIMAVERA
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Saturday, 10 September 2022
Venho depois do inverno
colher rosas amarelas
e juntar todas
em um perfumado buquê
E propor à primavera
uma pausa na estação
para prolongá-la
na cadência dos dias
Época de transe floral
bela e transcendental
lindas orquídeas
colhidas sob a neblina
Tulipas / jasmins / margaridas
de tão acentuado vigor
que as tornam ousadas
feito um hábil sedutor
Pouco a dizer
Autor: Reirazinho on Saturday, 10 September 2022Só se fala pouco
Quando se tem tudo a dizer.
Quando a frase é curta,
Mas o caminho dela é longo.
Eu queria escrever o poema
Mais fantástico do mundo.
Irar o leitor para todo sempre
Só pra inflar meu ego frágil.
Canção ao Metal Negro
Autor: Reirazinho on Saturday, 10 September 2022Dedico esta trova fúnebre
A ti todo teu mal caótico
A canção da sombra lúgubre
O teu desejo mais utópico.
Exterminar o que é mais parvo,
Eliminar o que é benévolo,
Protestando com todo garbo,
Escurecendo sendo malévolo.
No bosque invernal te encontro,
Murmurando ódio a esmo,
Esmaecido por vencer o monstro:
O amor que te deu desprezo.
a falésia desmedida
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 6 September 2022o catálogo do ódio exorta os desatinos humanos quando expulsa a mansidão daqueles que inscrevem na vida os seus gestos benfazejos; ou quando acalenta o seu trágico destino se circulam na via do insucesso.
OLHOS MARÍTIMOS
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Tuesday, 6 September 2022Renasça!
Autor: Reirazinho on Monday, 5 September 2022a falésia desmedida
Autor: António Tê Santos on Monday, 5 September 2022a sombria paisagem que divisei através dos eventos malvados que zurziram a minha compleição; que programaram os meus traumatismos; que subverteram a textura da minha prolongada inocência.
Eu odeio o conhecimento
Autor: Reirazinho on Sunday, 4 September 2022Eu odeio o conhecimento.
Maldita Eva saciadora da fome,
O fruto mais amargo: a promiscuidade.
Promíscua porque traiu o senhor.
Provou o que não deveria,
Pois agora, a humanidade se nauseia.
Vomita contradições do entendimento,
Somos regurgitos de ideias difusas.
Certo, errado, bem e mal, bonito e feio;
Todo conhecimento é um veneno,
Nossa cauda é o chocalho da cascavel
E as presas, são os livros.



