Casual
Autor: Nivaldo Duarte on Monday, 24 December 2012Na Sala de Estar..
Autor: Nivaldo Duarte on Monday, 24 December 2012MEDITAÇÕES SOBRE THEMAS DO ECCLESIASTES
Autor: Augusto Gil on Monday, 24 December 2012I
_A Celestino Steffanina_
	     Vaidade de vaidades, disse o Ecclesiastes: vaidade de vaidades, e
	     tudo vaidade.
(_Capit. I, v. 1_).
	Semeador de iniquidades,
	Porque é que mandas sobre os teus eguaes?!
	O mando o que é? _Vaidade de vaidades_,
	Fumo que ao desfazer-se engrossa mais...
	Oh minha vista o que é que foi que viste
	Cá neste mundo impiedoso e rudo?
	_Que só a vaidade existe_
	--Em todos nós, e em tudo!...
II
_A Israel Anahory_
Amas, pobre animal! e tens tu pena?...
Autor: João de Deus on Monday, 24 December 2012Amas, pobre animal! e tens tu pena?...
	    Sim, póde na tua alma entrar piedade?
	    Se póde entrar, eu sei! Negar quem ha-de
	    Amor ao tigre, coração á hyena!
	        Tudo no mundo sente: o odio é premio
	    Dos condemnados só, que esconde o inferno.
	    Tudo no mundo sente: a mão do Eterno
	    A tudo deu irmão, deu par, deu gemeo.
	        A mim deu-me esta gata, a mim deu-me isto...
	    Esta fera, que as unhas encolhendo
	    Pelos hombros me trepa e vem, correndo,
	    Beijar-me... Só não vivo! amado existo!
*Certa Velhinha*
Autor: António Nobre on Monday, 24 December 20121
	Além, na tapada das _Quatorze Cruzes_,
	Que triste velhinha que vae a passar!
	Não leva candeia; hoje, o céu não tem luzes...
	Cautella, velhinha, não vás tropeçar!
	Os ventos entoam cantigas funestas,
	Relampagos tingem de vermelho o Azul!
	Aonde irá ella, n'uma noite d'estas,
	Com vento da _Barra_ puxado do sul?
	Aonde irá ella, pastores! boieiras!
	Aonde irá ella, n'uma noite assim?
	Se for un phantasma, fazei-lhe fogueiras,
	Se for uma bruxa, queimae-lhe alecrim!
*A TORTURA DAS CHIMERAS*
Autor: Gomes Leal on Monday, 24 December 2012Les édifices eloquentes...
	     Balzac
	Quantas vezes, nas noutes pluviosas,
	Ou nas limpidas noutes estrelladas,
	Como espectros de espinhos e de rosas--
	Erguem-se em nós as cousas apagadas!
	Que vezes, n'esta vida positiva,
	--N'esta comedia lugubre moderna--
	Se eleva a outra esphera nobre e viva
	Nossa alma mais poetica, mais terna!
	Os contornos das cousas despresadas,
	Um fundo triste, um muro, umas ruinas
	Um mosteiro, um luar--nas almas finas
	São como umas celestes madrugadas.
A' Illustrissima, e Excelentissima Senhora Dona Catharina Micaella de Souza...
Autor: Nicolau Tolenti... on Monday, 24 December 2012_A' Illustrissima, e Excelentissima Senhora Dona Catharina Micaella de
	Souza, tendo o Illustrissimo, e Excellentissimo Senhor Luiz Pinto de
	Souza expedido Avizo para se imprimirem as Obras do Author na Officina
	Regia_.
CARTA.
	Senhora, Apollo bem sabe
	Que sois digna companhia
	De quem em doirados annos
	Lhe honrava a doce Poezia;
	Inda de viçozo loiro
	Lhe guarda a verde coroa;
	Fez-lhe falta em sua Corte,
	Mas a bem de outra o perdoa;
O amor é uma companhia
Autor: Alberto Caeiro on Monday, 24 December 2012
Escrito em 10-7-1930.
O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
VISÃO DO RESGATE
Autor: Soares de Passos on Monday, 24 December 2012
 
      

