DESESPERANÇA.
Autor: Alexandre Herculano on Thursday, 29 November 2012«Meia-noite bateu, volvendo ao nada
	Um dia mais, e caminhando eu sigo!
	Vejo-te bem, oh campa mysteriosa...
	Eu vou, eu vou! Breve serei comtigo!
	Qual tufão, que ao passar agita o pégo.
	Meu placido existir turvou a sorte.
	Halito impuro de pulmões ralados
	Me diz que nelles se assentou a morte.
	Em quanto mil e mil no largo mundo
	Dormem em paz sorrindo, eu vélo e penso,
	E julgo ouvir as preces por finados,
	E ver a tumba e o fumegar do incenso.
