o escaparate das utopias
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 26 April 2022liberto-me das ânsias deprimentes através dos meus versos penetrantes: eles saboreiam os acepipes do isolamento quando me demitem da vulgar convivência; e cravam a espada da rebelião na hipócrita cortesia.
Relíquias dos meus 12 anos
Autor: Mário Luís on Tuesday, 26 April 2022O meu nome é de rei
Muito antigo e famoso
Eu lutei e ganhei
Sou muito corajoso
Três eram eles
Os mouros sem dor
Mas com os meus exércitos valentes
Eu me tornei o “Conquistador”
Consegui o que queria
Ser rei de Portugal
Até que houve um dia
Uma guerra fatal
Minha mãe me desafiou
Para uma batalha até á morte
Na cadeia ela ficou
Pois não teve muita sorte
Passaram três anos
E minha mãe adoeceu
Não houveram muitos espantos
Porque depois morri eu
Esperança
Autor: Mário Luís on Tuesday, 26 April 2022Consigo ver onde desperta o sol
Pelos braços queima e passa
A tua luz
E do frio, pouso o meu cachecol
Iluminadas ruas de esperança
Que se despregam finalmente da cruz
Olhem como é tão belo
O que outrora não achara
A intensidade com que se quebra o gelo
Das lágrimas que secaram na minha cara
Exercícios de futilidade
Autor: Reirazinho on Sunday, 24 April 2022Humanidade que regressa a cada dia
Sacode seu aterro na impureza do ar
O lixo intoxica a pele de todos
Apodrece as virtudes então perdidas
O fedor deixa a santidade fenecendo
Nas entrelinhas de um pecado eterno
Abençoado seja o homem tão mal
Pelejando contra a morte, mesmo
Radicalizando-a diariamente
Oh! Deuses de minha história
Fitando o ser e sua sorte
Marasmos por todo horizonte
O olho seráfico é míope
o escaparate das utopias
Autor: António Tê Santos on Sunday, 24 April 2022os devaneios preenchem o lugar donde emito relatos transfigurados pelo meu fulgor: são palavras inabaláveis que poiso no escaparate das minhas ilusões; são palavras malditas que difundem os meus intentos de poeta.
o escaparate das utopias
Autor: António Tê Santos on Saturday, 23 April 2022sonho com os atributos dum pioneiro que retroceda no tempo para se introduzir nos momentos dolorosos da humanidade e sarar as feridas brotadas das suas lutas desapiedadas e dos obstáculos intolerantes que gerou.
Jazigo das rosas
Autor: Reirazinho on Saturday, 23 April 2022Onde ela será sepultada
Não haverá cova
Nem terra a sucumbir
Sua fúnebre homenagem
Será perpétua
Nenhuma gota da chuva
Lavará sua tristeza
O homem ignorante
néscio homem ignorante
cortará sua raiz
Nenhuma mosca na entranha
E um dia não perdoará
Sem compaixão na barganha
Muito menos vingará
A rosa que sangra eternamente
E Deus não convalesce
Ao jardim das tristezas obscuras
o escaparate das utopias
Autor: António Tê Santos on Thursday, 21 April 2022ajuízo as ilusões que cativaram os meus numerosos destemperos; e as opiniões divergentes que afastam o meu comportamento dos figurinos habituais; e o desterro prazeroso que fundamenta a minha poesia.