Rancor
Autor: Reirazinho on Tuesday, 15 February 2022Rancor é sobre a alma ir desgastar
Aluir em fragmentos de tempos
Noturnos, como um eclipse
Costumaz à expectativa
Oscilar no desejo e desprezo, mas
Rastejar a pele em mágoas inúteis
Rancor é sobre a alma ir desgastar
Aluir em fragmentos de tempos
Noturnos, como um eclipse
Costumaz à expectativa
Oscilar no desejo e desprezo, mas
Rastejar a pele em mágoas inúteis
liberto-me dum mundo irascível que teima em destruir a recolha dos meus sentimentos: liberto-me para olvidar o meu pranto e para dissolver o truísmo que se instalou no centro da minha vida.
Fernando Pessoa foi um escritor e poeta frequentador de cafés. Era da mesa do café que ele, através da escrita, “viajava” pelo mundo. Muito do que Pessoa escreveu tem a ver com aventura dos portuguêses pelo mar/oceano desconhecido.
Nesta pintura coloco o poeta a escrever na mesa do café que é simultaneamente o cais das colunas como o ponto de partida do sonho poético sobre a viagem; os navios que partem – barcos de papel – são os próprios poemas, que a algum porto hão de chegar.
é renhida a luta pelo nutrimento que intensifica o seu fervor quando as suas atrocidades trazem novas opressões; quando as suas falácias se impregnam de angústia para que possa germinar a redenção.
Queria tanto um abraço teu
Queria tanto a boca tua
Para dizer apenas com beijos
O sofrimento das palavras mudas .
O velório ainda em vida
É a saudade !
Que repousa a semente
Que tortura
A distância que se faz presente
Não há alegria que
Alimente o coração
Sozinho na rua
Da solidão .
Não queria ser anjo
Queria ser pássaro e voar
Já sonhei voando
Acho que Deus com um par de asas
Quer me presentear.
Quem dera ser de fato
Um só prato
Um caso sincero
Uma humanidade que tem primor da honestidade
Quem dera ser uma só carne
E estar entranhado
Como uma única árvore
Uma imagem
Como se fossem duas
Abraçadas como símbolo
Primordial das necessidades
Todas ou apenas única
Da simplicidade complexa
Do que mais precisamos para poder evoluir :
Do abraço ,
Da compreensão e do amor