Aventura Poética

 

Fernando Pessoa foi um escritor e poeta frequentador de cafés. Era da mesa do café que ele, através da escrita, “viajava” pelo mundo. Muito do que Pessoa escreveu tem a ver com aventura dos portuguêses pelo mar/oceano desconhecido.

Nesta pintura coloco o poeta a escrever na mesa do café que é simultaneamente o cais das colunas como o ponto de partida do sonho poético sobre a viagem; os navios que partem – barcos de papel – são os próprios poemas, que a algum porto hão de chegar.

Abrindo portas

 
 
Nos meus passos diários existem histórias
vivem personagens que riem e choram
alguns são presente, outros memórias
cruzadas histórias que nos meus passos moram.
 
A uns aconchegos no coração
a outros digo olá e logo me despeço
são histórias da minha vida, pois são
mas não desejo o seu regresso
nos meus passos diários
 
A paz abre flores à beira dos caminhos

Saudade

Queria tanto um abraço teu
Queria tanto a boca tua
Para dizer apenas com beijos
O sofrimento das palavras mudas .
O velório ainda em vida
É a saudade !
Que repousa a semente
Que tortura
A distância que se faz presente
Não há alegria que
Alimente o coração
Sozinho na rua
Da solidão .
Não queria ser anjo
Queria ser pássaro e voar
Já sonhei voando
Acho que Deus com um par de asas
Quer me presentear.

ESFORÇO INÚTIL?

 

 

 

todos corremos contra o tempo

contra o fluir do vento

ou -a contratempo-

construímos com areia e cimento

fortalezas dispersas

que semeamos em solo débil

 

todos desarmamos ciladas

derramamos escadas

que não escalamos

e –solenemente-

aguardamos que bons tempos

nos tragam presságios de colheita fértil

 

Como a arvore

Quem dera ser de fato
Um só prato
Um caso sincero
Uma humanidade que tem primor da honestidade
Quem dera ser uma só carne
E estar entranhado
Como uma única árvore
Uma imagem
Como se fossem duas
Abraçadas como símbolo
Primordial das necessidades
Todas ou apenas única
Da simplicidade complexa
Do que mais precisamos para poder evoluir :
Do abraço ,
Da compreensão e do amor

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