um visceral discernimento
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 31 August 2021nulifico os meus obstáculos e traumatismos através de cogitações que remodelam os sinais veementes da minha natureza e que se insinuam na matriz tranquila da minha evolução.
O Náufrago Penoso
Autor: Reirazinho on Monday, 30 August 2021Ocultaria de ossos sangrentos,
a cerimônia festiva dos ventos.
Oh, amada, sua ausência carrega
toneladas de amargor, que nega
a apoteose da paixão, o véu
queimado do suicídio do céu;
tempestade opaca, sussurra
o murmúrio da voz que urra
o tormento dos mares sombrios.
Semeada a vontade de amar, só
o coração morre, a forca do nó,
eliminou a possível retratação
da remota ideia de sublimação.
Tempero
Autor: WILSON CORDEIRO... on Monday, 30 August 2021Como tempero entristecido
A salivar todo desgosto
Boca sem palavras
A fome vem antes do paladar
A justiça antes do alimento
Sabor antigo não pode agradar
Em terrenos secos caminham os pés
Trilhas destinadas ao fim do poço
Não vou prestigiar a noite
Que vem mal acompanhada
Como perfume que não quer perfumar
Humano tem tempo para quase tudo
Menos para o amor o melancolizar
Vive sempre querendo receber um prêmio , pedindo bênção
A quem realmente não pode abençoar
Pois nem tudo deciframos !
um visceral discernimento
Autor: António Tê Santos on Sunday, 29 August 2021a razão expulsa os meus endemoninhados furores: tempera com dísticos de polidez a conjuntura escabrosa que percorri; realça o meu desempenho através dum ócio glorificado.
AUTO-EXAME
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Sunday, 29 August 2021
AUTO-EXAME
-escrevo
para quem?
-para o individual eu?
-ou para um leitor anônimo
com meu pseudônimo?
-escrevo
para me afirmar apenas?
-ou a duras penas
externar meus pensamentos
e idéias
e (re)conhecer-me
num texto não-premeditado?
-escrevo
o que me aturde
me contamina
me contagia?
-ou talvez pretenda mais
que isto
mais que aturdir
contaminar
contagiar
o leitor/receptáculo
de minha fissão vocabular?
Poesia é minha paixão!
Autor: Ana Duarte on Sunday, 29 August 2021um visceral discernimento
Autor: António Tê Santos on Saturday, 28 August 2021nos lugares onde a vida coleia observo o tráfego humano e as suas fúteis desavenças; as suas catarses a partir da parcimónia e do arrependimento; o seu labor exaustivo para deslaçar um ínfimo deslumbramento.
Silêncio
Autor: Maria Helena Co... on Saturday, 28 August 2021Silêncio em ti me encontro
Amarras agrilhoam o meu caminhar
Procuro na vida que incansavelmente busquei
Encontrar os filhos do meu ventre
Que na dor concebi e abracei
Pelo seu perdão anseio entregar
O amor que pintalga o meu ser
E apenas o silêncio em mim habita,
Névoas de cinza dos meus dedos deslizam
E turvas lágrimas teimam em escurecer o meu olhar,
Anseio partir para lugar algum
Na esperança de este silêncio tocar
Que em mim sem pudor devaneia,
Antropofóbicos seres povoam o meu ser